Descubra os lugares onde a virada do ano não é celebrada no dia 1º de janeiro

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Diferente do Brasil, há países em que o ano novo só começa em março e fevereiro (Foto: Fernando Maia/ Rio Tur)

Somente os países que adotam o calendário gregoriano como base é que comemoram a chegada de um novo ano em 1º de janeiro. Esse calendário, que tem como marco inicial o nascimento de Jesus, é adotado pelo Brasil e pela maioria das nações ocidentais.

Mas há situações curiosas mundo à fora. Na China, por exemplo, a chegada do ano novo é celebrado no dia 9 de fevereiro. Por lá, eles usam um calendário baseado nos ciclos da lua, e consideram o intervalo de um ano formado por apenas 363 dias, dois a menos do que o habitual 365 dias considerados no calendário gregoriano.

Em países do Oriente Médio a referência são os fatos islâmicos, como o episódio da Hégira, conhecida no Islamismo como o dia em que o profeta Maomé foge da Meca para Medina. Neste calendário o ano tem apenas 355 dias e por lá a chegada de um ano para o outro é comemorada no dia 10 de fevereiro.

Mas há também exceções dentro do território islâmico. Irá e Afeganistão consideram um outro calendário em que a virada do ano acontece no dia 21 de março. Em Israel o ano novo é comemorado no dia 4 de outubro. A Índia também tem sua peculiaridade quando o assunto é virada do ano: a festa de réveillon no país ocorre sempre nos dias 22 de março de cada ano.

A origem do 1º de janeiro

O calendário gregoriano, o mais comum no mundo atual, tem sua origem na Roma Antiga. Os romanos adotavam um calendário de dez meses, com o ano começando em 1º de março. Por isso, aliás, que setembro, outubro, novembro e dezembro têm esses nomes (eram os sétimo, oitavo, nono e décimo meses do ano). Posteriormente, foram criados os meses de janeiro e fevereiro, mas eles encerravam o calendário.

No entanto, em 153 aC, 1º de janeiro se tornou o dia da posse dos novos cônsuls, cargo político mais alto no período da república. Em 45 aC, Julio Cesar substituiu o antigo calendário romano pelo calendário juliano, determinando o início do ano em janeiro. Ainda assim, não era algo largamente aceita pela sociedade e por religiosos.

Em 1582, o Papa Gregório 13 anunciou a criação do calendário gregoriano (imagem acima), corrigindo pequenos erros do calendário juliano. Esse novo calendário restabeleceu o início do ano em 1º de janeiro, que também marcava a Festa da Circuncisão de Cristo (oitavo dia de vida de Jesus, quando, pela tradição judaica, ele foi circuncidado).

Ou seja, de um ponto de vista histórico, virar o ano em 1º de janeiro é algo relativamente novo. Nos EUA, por exemplo, é uma prática de menos de 300 anos. Porque, no final das contas, a data em que o calendário se renova é arbitrária, e qualquer momento poderia ser estipulado para tal.

Com informações do portal Rodínia