Milagre da vida: bebê de Canindé que nasceu de cinco meses e com apenas 820 gramas, recebe alta

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Os pais de Maria Isis: bebê retornou para casa pesando mais de 2 kg (Fotos: Ascom/Sesa)

Região Central: bem que poderia se chamar Vitória, mas atende pelo nome de Maria Isis a protagonista de uma história de superação e que comoveu a população de Canindé: a pequena bebê nasceu no final do quinto mês de gestação com apenas 820 gramas. Sobreviver foi um grande desafio, mas Maria Isis venceu e na semana passada ela recebeu alta e voltou para Canindé, saudável e forte.

O caso está repercutindo nas redes sociais. Isis nasceu em um parto de risco. A mãe, Vanessa, foi transferida para Fortaleza em trabalho de parto antes mesmo de completar os seis meses de gestação. O parto aconteceu no Hospital Geral César Cals (HGCC) e dois dias depois, devido a alta complexidade, a pequena Maria Isis foi transferida para o Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA).

Bebê nasceu com apenas 820 gramas e travou uma grande batalha pela sobrevivência

Lá, Maria Isis se recuperou até ganhar 1.380 kg. A recuperação rápida foi considerada algo incrível pela ala pediátrica do Hospital, e a pequena recebeu alta antes do tempo previsto de internação, previsto inicialmente em cinco meses. Na volta pra casa em Canindé, Maria Isis tinha 2.200 kg. “O caso dela se destaca pelo resultado positivo e pela pouca necessidade de intervenção. Ficou em oxigênio e usou antibióticos por pouco tempo. Os exames de triagem que avaliam riscos próprios da prematuridade, como perda visual e auditiva, apresentaram resultados satisfatórios. Ela tem um anjo da guarda bom”, ressalta Luiz de Moraes, pediatra do Cetip.

Na volta pra casa, a sensação de coração aliviado e em paz foi o sentimento que tomou conta dos pais da pequena. “A gravidez da Maria Ísis foi muito desejada. Estamos todos muito gratos e com o coração em paz, porque foi um medo muito grande sair do interior em busca de um hospital sem saber se chegando aqui ele sobreviveria. Se ela tivesse nascido no caminho, como seria? Esse era nosso medo maior. Talvez nem eu estivesse aqui contando essa história”, conta Vanessa emocionada.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), nos próximos dois anos, a família continuará vindo a Fortaleza para consultas no HGWA com pediatra, além de receber acompanhamento com terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e fonoaudiólogo.