Certeza da seca em 2024 faz Funceme antecipar prognóstico de chuvas para dezembro

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Para Funceme não restam dúvidas: 2024 será de seca extrema (foto: letras ambientais)

A certeza quase que absoluta para um preocupante cenário de seca no ano que vem é tão grande, que a Fundação Cearense de Meteorologia deve antecipar para ainda este mês, o prognóstico do período chuvoso que vai de fevereiro a maio no Ceará.

Em geral, esse prognóstico é feito e divulgado pela Funceme me janeiro, um mês antes do início da quadra chuvosa. Mas o que se espera é um cenário tão crítico, que o governador Elmano de Freitas solicitou do órgão de meteorologia cearense, que o prognóstico seja apresentado ainda em dezembro.

O prognóstico da Funceme é o mais confiável documento em se tratando de previsão de chuvas. Feito por mais de uma dezena dos melhores meteorologistas do estado, ele indica se as chuvas daquele ano serão acima ou abaixo da média. Essa previsão norteia as políticas públicas de agricultura e de acesso à água.

Essa semana o governador promoveu uma reunião conjunta para elaborar um plano de ações de contingências para os impactos do El Niño em 2024. O momento, que aconteceu no Palácio da Abolição, contou com a participação da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), Cogerh, Funceme, Sohidra, Defesa Civil, Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), Secretaria do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (Sema), dentre outras.

Eduardo Sávio, presidente da Funceme, detalhou o processo que irá se iniciar já nos próximos dias, com novas reuniões, inclusive demandando o Governo Federal. “A preparação é criar um plano detalhado de ações que vão ser implementadas ainda no início do ano que vem, em resposta a esse possível evento. Nós estamos nos antecipando ao que achamos provável para a quadra chuvosa de 2024. O quadro que se apresenta é sim preocupante, mas o fato de se preparar com antecedência é algo fundamental”, explicou.

O que está causando medo e gerando essa onda de temor nos cearenses é a atuação do El Niño, um fenômeno climático que provoca a escassez de chuvas. A chegada dele é dada como certa pelos meteorologistas. Na semana passada, inclusive, Eduardo Sávio Martins, declarou numa outra reunião com membros do Governo: “Não há mais dúvidas, teremos uma seca no ano que vem. Não há possibilidade de termos uma boa quadra chuvosa com o cenário que temos hoje. Será impossível termos um bom aporte”, avaliou Eduardo.