MPCE pede cassação de prefeito de Coreaú e novas eleições após denúncia de compra de votos

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Edézio Santos, prefeito de Coreaú, junto com sua vice; município pode ter novas eleições

O Ministério Público Eleitoral do Ceará (MPCE) recomendou que sejam realizadas novas eleições no município de Coreaú e que o prefeito e a vice-prefeita eleitos nas últimas eleições, tenham os diplomas cassados. Eles são apontados como suspeitos de integrar um esquema criminoso que oferecia bens e benefícios, além de dinheiro em espécie a eleitores em troca de votos.

A recomendação foi expedida essa semana ao Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) pela procuradora regional eleitoral Lívia Maria de Sousa. Na sentença, o prefeito Edézio Sitonio e a vice-prefeita Erika Frota, chapa eleita em Coreaú nas eleições de 15 de novembro passado, praticaram abuso de poder econômico e captação ilícita de votos durante a campanha.

A denúncia feita pelo MPCE aponta a existência de um esquema criminoso. Funciona assim: apoiadores do prefeito faziam visitas de rotina na casa dos eleitores e ofereciam dinheiro ou bens e serviços, como materiais de construção, em troca de votos. No dia das eleições um vereador da base aliada do prefeito foi flagrado com quase R$ 5 mil em espécie junto com adesivos e santinhos dentro de um carro.

Lívia Maria de Sousa defende que os diplomas de Edízio e Érika sejam cassados, e que os dois paguem multa e fiquem impedidos de se candidatar a qualquer cargo público pelo período de oito anos. “Verdadeira estratégia espúria para o êxito na consecução dos cargos públicos almejados, a partir da influência na manifestação de vontade do eleitorado”, afirma a procuradora.