Açude Banabuiú, terceiro maior do Ceará, tem melhor nível dos últimos 11 anos

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Açude Arrojado Lisboa em Banabuiú em imagem de abril de 2024 (Foto: Deyved Viana)

Região Central: Importante fonte de sustento para dezenas de milhares de famílias da região, e considerado o terceiro maior do Ceará, o açude Arrojado Lisboa no município de Banabuiú, volta a viver um cenário de conforto hídrico. O volume de água que ele acumula atualmente é o melhor dos últimos 11 anos.

Os dados foram confirmados pelo Revista Central, com base nas informações do Portal Hidrológico da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Até a última sexta-feira (3) o Arrojado Lisboa acumulava 650,99 mil metros cúbicos de água, o que corresponde a 42,4% de sua capacidade total, que é de 1.700.000.000 m³.

Situação semelhante como a de agora foi vista só no dia dois de agosto de 2013, quando o açude do Banabuiú (como é popularmente conhecido) marcou os 37,28% de armazenamento. Daquele dia em diante, ele só perderia volume e não registraria nenhuma recarga, chegando a marcar os críticos 0,58% de sua capacidade, no dia 30 de março de 2018.

De 2018 em diante a situação melhoraria, mas foi somente na quadra chuvosa do ano passado, que o Arrojado viu acontecer o que para muitos, parecia algo impossível: o açude voltou a encher. Em 2024, com a continuidade das boas chuvas o reservatório seguiu tendo aportes e hoje somente três andares da galeria que existe no meio do açude, estão visíveis. Todo o restante está de baixo d’água.

Encher o Banabuiú até chegar a sangrar é uma esperança que os moradores da cidade e da região ainda nutrem. Quem viveu os piores momentos que a seca do açude trouxe, com escassez da pesca e falta de fonte de renda, é quem mais tem esperanças de ver esse cenário mudar o rumo.

Pode parecer uma realidade distante, mas se comparado com cenários anteriores, não é impossível. Em 2009, por exemplo, ano da sua última sangria, o Arrojado Lisboa que já tinha bons níveis de água, encheu o resto suficiente para sangrar em apenas dois meses. Os banabuienses e a população do Baixo Jaguaribe, para onde as águas correm quando o açude sangra, seguem na expectativa.