Suspeito de estuprar irmãs adolescentes em Choró cometia atos na sede de Conselho Tutelar

compartilhar no:
Conselho Tutelar de Choró, no Ceará. — Foto: Divulgação

O conselheiro tutelar Jonatas Vieira Alves, 28 anos, suspeito de estuprar duas irmãs adolescentes no município de Choró, Sertão Central do Ceará, teria cometido os atos dentro da própria sede do Conselho Tutelar da cidade e em sua casa, segundo informações da Polícia Civil. Os crimes contra as vítimas, de 13 e 14 anos de idade, que moram na residência vizinha à de Jonatas, ocorriam desde o ano passado. O conselheiro continua foragido.

Segundo o delegado da Delegacia Regional de Quixadá, Ícaro Gomes Coelho, Jonatas realizava o atendimento às irmãs, que procuraram ajuda do Conselho para denunciar negligências dos pais. A partir dessa aproximação, o homem e as garotas começaram a manter contato via redes sociais, incluindo conversas “de cunho sexual”.

Em outubro de 2018, de acordo com o delegado, o pai das meninas, que trabalha como agricultor, reclamou do relacionamento durante uma reunião do Conselho. Jonatas, incomodado com a situação por ser casado, chegou a agredir o homem, que preferiu não representar contra o conselheiro por lesão corporal, acreditando que, assim, o conselheiro se afastaria da família.

No entanto, em fevereiro deste ano, o pai compareceu à Polícia Civil com imagens das conversas íntimas. A partir daí, foi instaurado inquérito policial. A Justiça da Comarca do Município decretou a prisão preventiva de Jonatas na semana passada. Contudo, a Polícia não conseguiu localizá-lo no plantão do Conselho Tutelar pelo qual ele seria responsável. Desde então, ele é considerado foragido.

“Ele manteve relações sexuais com uma menina de 13 anos, que era exatamente de quem ele deveria cuidar e se encontrava em situação de vulnerabilidade. A irmã de 14 anos nega a relação sexual, apesar de a irmã dizer que ocorreu também, mas restou comprovada a existência de conversas de cunho sexual que levam ao tipo penal de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual”, afirma o delegado.

Conteúdo: G1