Vapt: Aplicativo para comerciantes de Quixadá tem se tornado um sucesso

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aplicativo_paulo_qxadaQuixadá se transforma em um polo de educação e pode encontrar o caminho para implantar mais inovação no comércio.

Foi em casa, curando-se de uma doença, que Paulo Roberto de Oliveira Júnior, de 31 anos, resolveu investir na produção do aplicativo Vapt, que iria mudar sua vida. A ideia é simples, mas tem facilitado a vida de muitos comerciantes de Quixadá. Os empresários compram o aplicativo, e Paulo vai se consolidando como empreendedor. Ele criou uma agenda cadastrando as lojas da cidade, o que tem ajudado estudantes e outros moradores a saberem onde comprar. 

“É dada a localização no mapa pelo GPS, telefone, endereço, comentários e é possível fazer uma ligação para o local por meio do aplicativo. Fomos oferecendo no comércio, conhecendo os empresários, as necessidades que eles tinham e criamos algo novo”, conta Paulo Roberto. O aprendizado já resultou em novos aplicativos. Para o microempreendedor, uma boa ideia aliada à possibilidade de gerar visibilidade ou lucro é o mais importante na hora de fechar negócios. 

A tão falada proximidade proporcionada pelo Interior, que fortalece a relação entre empreendedor e consumidor, também exige responsabilidade. “Você precisa fazer tudo para dar certo, justamente porque o ‘boca a boca’ é muito forte, para o bem e para o mal. A cidade do Interior serve muito como laboratório”, considera o empreendedor. 

Em Quixadá, a 167 quilômetros de Fortaleza, o empreendedorismo será disciplina curricular nos cerca de 40 cursos superiores em seis faculdades, que têm aproximadamente 15 mil estudantes. O objetivo é mudar conceitos ainda antigos no comércio da cidade que cresce e se torna um polo universitário, mas que ainda enfrenta a resistência de alguns comerciantes quando o assunto é empreender. Uma das cidades mais importantes do Sertão Central cearense precisa aliar o que de mais precioso tem: educação e comércio. 

Essa é a opinião do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do município, Carlos Henrique Correia. Uma parceria entre o Sebrae e a entidade garantirá que os estudantes saiam do nível superior cientes da importância de inovar e reinventar para empreender. Mas já é possível identificar mudanças em alguns perfis comerciais. Lojas que investem mais em climatização e decoração, e vendedores de porta que se legalizaram e hoje têm loja e CNPJ são exemplos cada dia mais recorrentes. 

“A área de serviços tem crescido muito com as parcerias entre as faculdades, principalmente na área de tecnologia da informação. É um segmento que sempre se buscou na Capital”, considera Carlos Henrique. 

Investir em serviços, conforme ele, torna-se mais viável no Interior pela proximidade entre empresa e cliente final, facilitando a identificação da necessidade do consumidor e gerando um melhor atendimento, de forma personalizada.

Design de interiores é um dos segmentos de serviço. “Com maior fomentação, hoje temos profissionais que antes as pessoas buscavam fora. Isso incentiva o mercado local e gera mais emprego e recurso. A cidade ganha”, avalia o presidente da CDL Quixadá. 

A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, de acordo com o presidente, facilitou a vida de quem quer empreender. Entretanto, precisaria de mais ações que instruam os microempreendedores de forma administrativa. 

“Criar uma empresa é fácil, mas dar continuidade é muito difícil. Você cria um CNPJ, mas, se o empreendedor não souber como prosseguir, não dará certo”, comenta Carlos Henrique.

Matéria da jornalista Sara Oliveira, do Jornal O Povo!

 

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