Após surpreender ao brilhar no ‘grupo da morte’, a equipe sonha com um estádio e já pensa em voos maiores.
Às vésperas do início do Campeonato Cearense, era previsto momentos difíceis para o Quixadá, pois não bastasse o fato de o Canarinho do Sertão entrar no 
Estadual com orçamento reduzido e sem ter um local para mandar os jogos, o clube ainda foi alocado no Grupo A1 que tem como cabeça de chave o Fortaleza e ainda conta com duas forças emergentes do futebol local, o Icasa e o Horizonte. Agora, ao fim da primeira fase do certame, o time sertanejo se orgulha de uma campanha sem sobressaltos, apesar dos muitos quilômetros rodados.
A falta de apoio da prefeitura quixadaense deu início a vida nômade da equipe. A busca por um local para mandar as partidas levou o Quixadá até Alto Santo, onde encontrou aporte financeiro e o estádio Coliseu do Sertão. Todavia, nem tudo estava resolvido, uma vez que o equipamento passa por obras e ainda não tem condições de uso.
Com isso, o time comandado pelo técnico Raimundinho iniciou uma peregrinação pelo Ceará. Sem casa própria, teve que receber os rivais em Iguatu, Fortaleza e Sobral, sem contar as vezes em que foi visitante.
“Nunca viajei tanto na minha vida. Ou melhor, ninguém da equipe viajou tanto quanto agora. A realidade é que estamos fazendo dois jogos longe de nossos domínios toda semana. O desgaste é enorme e as despesas também, mas, no fim, acho que tudo isso nos fez mais fortes”, salientou o treinador.
A expectativa é que o estádio Coliseu seja liberado nas próximas semanas.
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Sucesso
Se a estrada é o segredo do sucesso, é difícil dizer, mas o fato é que o Quixadá driblou o prenúncio e vem surpreendendo.
“Em uma chave que tem Fortaleza, Icasa e Horizonte, não entramos como favorito. Nosso objetivo era fugir do rebaixamento. Contudo, o time foi se superando nas rodadas iniciais, cresceu, e nos fez acreditar que dava para avançar. Agora, nosso objetivo é conquistar uma vaga para a Série D do Brasileiro”, ressalta Raimundinho, que completa. “A partir de agora, não somos surpresa. Venho repetindo o time que iniciou o Cearense e o nosso futebol só melhora”.
Eduardo Buchholz / Repórter
Caderno Jogada / Diário do Nordeste
