Imagem de São José entregue ao papa no Vaticano foi feita por artesão de Caridade

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Dom José Antônio entregou o presente feito pelo artista nas mãos do papa (Foto: divulgação)

Sertões de Canindé: Foi das mãos de um marceneiro pobre e humilde, justamente um das figuras mais destacadas em seu papado, que saiu a obra de arte escupida em madeira, dada como presente ao papa Francisco pelo arcebispo de Fortaleza, Dom José Aparecido Tosi Marques. A imagem de São José foi feita por um marceneiro de Caridade, município dos Sertões de Canindé.

A imagem do santo padroeiro do estado do Ceará, foi escupida pelo artista Glailton Sousa, de 31 anos. Ele mora na comunidade de Fazenda Cavalo, no distrito de Campos Belos, zona rural de Caridade. Glailton recebeu o pedido no dia 5 de abril, de uma conversa com Dom José Aparecido, em seu whatsapp.

“Glailton, venho lhe pedir um favor. Os bispos do Ceará estaremos (sic) no início do mês de maio indo a Roma para um encontro com o papa Francisco. Gostaria de levar a ele uma lembramça, imagem de São José, padroeiro do Ceará, feito por um artesão da terra. Conhecendo seu trabalho, pensei em pedir um trabalho seu. Será muito significativo que um jovem pai de família possa ser o autor. Agradeço muito por sua disposição”, escreveu o arcebispo de Fortaleza.

Desde então o artesão iniciou o trabalho de escultura de São José na peça de madeira. Todo o processo foi feito de seu local de trabalho, que fica na comunidade onde ele mora com a esposa e sua filha. Usando a madeira de Cedro e com tamanho de 38 centímetros, no dia 25 de abril a imagem ficou pronta e chegou às mãos de Dom José Antônio, através de um padre de Caridade. Em seu perfil que mantém nas redes sociais, Glailton agradeceu a ooportunidade. “Estou muito feliz por esse momento tão especial”.

A escutura de madeira feita pelo artista de Caridade e que foi entregue nas mãos do papa, foi entregue por ocasião da Visita Ad Limina, onde bispos do Ceará e do Piauí participaram. Cada sacerdote em um momento reservado que teve com o papa, entregou um presente ao Sumo Pontífice. O administrador diocesano de Quixadá, Padre Francisco Otaviano, deu ao papa um saco com castanhas de cajú.

A Ad Limina ocorreu durante as duas primeiras semanas de maio, mas foi só agora que a história do artistas se espalhou através das redes sociais e da imprensa. Nesta terça (17) Glailton gravou entrevistas para um programa de TV, e teve sua história contada pelo jornal O Povo. Em devolutiva ao artesão, Dom José Antônio disse que o papa “ficou muito contente com a obra e manifestação de fé e abençoou você e sua família”.