Quadra chuvosa começa com dois açudes sangrando e com outros dois próximos da cota máxima

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A Barragem do Batalhão, em Crateús, atingiu a cota máxima nesta segunda e se tornou segundo açude a sangrar (Foto: Cogerh)

O mês março que marca o início do período oficial das chuvas no Ceará, começou trazendo uma boa notícia: dois açudes do Estado já estão sangrando e outros dois estão próximos de sangrar, atingindo a cota máxima. As informações foram levantadas pelo Revista Central com base em dados do Portal Hidrológico do Ceará da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).

Conforme o Portal, a barragem do Batalhão, em Crateús e a do Caldeirões, na cidade de Saboeiro, atingiram a cota máxima. A última a sangrar foi a barragem do Batalhão. A água começou a verter no início da manhã desta segunda-feira (01), com uma lâmina de 12cm. Junto com o açude Carnaubal, a barragem do Batalhão abastece a cidade de Crateús, no sertão dos Inhamuns cearense.

Após dez anos de estiagem prolongada, a bacia dos sertões de Crateús iniciou recuperação em 2020. As recargas deste ano na região já possibilitaram a sangria do Batalhão. Os açudes Carnaubal, Sucesso e Jaburu I acumulam mais de 60% de volume. Em contrapartida, os açudes monsenhor tabosa e barra velha seguem sem registrar aportes e permanecem secos.

Outros dois municípios estão com açudes bem próximo de atingir a cota máxima: O Germinal, na cidade de Palmácia, que já tem o equivalente a 95% de tudo aquilo que pode acumular, e ainda o Atalho, em Brejo Santo, que guarda 91% de sua recarga. Com a chegada do período chuvoso, é possível que mesmo com pequenas chuvas, os dois açudes venham a sangrar.

Mas nem toda a situação ainda é tão boa. O Ceará ainda tem 63 açudes com um volume de água inferior a 30%, um percentual muito baixo. O período de chuvas deve amenizar esse sofrimento. Ao todo outros 12 açudes estão com volume morto e outros seis estão completamente secos: o Forquilha II, o Jatobá, o Madeiro, o Monsenhor Tabosa, o Pirabibu e o Salão.