O Irã lançou na noite de sábado (13) uma grande onda de cerca de 300 drones e mísseis em direção a Israel, no primeiro ataque direto ao Estado judeu pela República Islâmica, acionando sirenes em todo o país na manhã de domingo pelo horário local, enquanto os militares trabalhavam para interceptar os projéteis iranianos.
Especialistas na cobertura de guerra e de conflitos geopoliticos, acreditam que caso os ataques continuem, pode dar início a uma terceira guerra mundial, numa ação como nunca antes vista, desde o final da segunda guerra mundial, há cerca de 60 anos.
As sirenes começaram a soar nas comunidades do sul de Israel por volta da 1h42 de domingo no horário local, e logo depois se espalharam por grandes áreas do país, como no Centro de Jerusalém.
Estrondos soaram no norte e no sul e em muitas cidades da Cisjordânia, em função da resposta do sistema de defesa antiaéreo de Israel, o Domo de Ferro. Os drones foram derrubados no lado jordaniano do Vale do Jordão e se dirigiam em direção a Jerusalém. Outros foram interceptados perto da fronteira entre o Iraque e a Síria.
Não houve outros relatos de feridos como resultado do ataque iraniano, mas de acordo com agências de notícias uma criança de sete anos ficou ferida, por conta dos estilhaços de um míssel.
Pouco depois da meia-noite, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e os principais líderes da defesa reuniram-se no quartel-general militar em Tel Aviv para uma avaliação de segurança.
No início da noite, pressagiando o ataque, a Casa Branca anunciou que o presidente dos EUA, Joe Biden, encurtaria uma viagem de fim de semana a Delaware para realizar consultas com a sua equipa de segurança nacional sobre o potencial ataque iraniano a Israel.