Desembargador manda soltar vereadora, acusada pelo MPCE de participar da “Chacina de Ibaretama”

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Edvanda Azevedo foi eleita vereadora pelo Partido dos Trabalhadores (foto: rede social)

Região Central: O Desembargador Mário Parente Teófilo Neto, do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, determinou a soltura da vereadora Edivanda de Azevedo, presa acusada de participar da “Chacina de Ibaretama”. Presa desde dezembro de 2021, ela chegou a impetrar seis Habeas-corpus naquele tribunal, tendo êxito em sua soltura neste último.

Em dezembro de 2022, o mesmo desembargador já havia concedido a soltura do corréu João Paulo de Oliveira Campelo. Aproveitando-se dessa decisão, a vereadora do PT, também requereu a sua soltura alegando excesso de prazo.

Para o desembargador, a morosidade processual, ao longo dos anos, tem se constituído como algo inerente ao processo judicial brasileiro, revelando-se como uma forte resistência de combate a essa morosidade. “Em face da marcha processual descrita acima, é o caso no momento, de conceder a soltura do paciente, já que o prazo para prolação de sentença de pronúncia está exacerbado encontrando-se o feito parado desde 22/3/2023 em relação à paciente.

A vereadora Edivanda de Azevedo foi solta mediante o uso de tornozeleira eletrônica e deve assumir a sua vaga na Câmara Municipal de Ibaretama. O processo crminal não a impede de exercer o cargo eletivo.

Da chacina de Ibaretama

O Ministério Público Estadual acusa de serem autores e partícipes da chacina: Francisco Victor Azevedo Lima, Kelvin Azevedo Lima e Wandeson Delfino de Queiroz, Josenias Paiva Lima de Andrade, Edvan Lopes dos Santos Azevedo, João Paulo de Oliveira Campelo e Edivanda de Azevedo. Eles foram denunciados pela prática de sete crimes de homicídios qualificado consumados, um homicídio qualificado tentado, mais o delito de associação criminosa, tudo isso na localidade de Pedra e Cal, zona rural do município de Ibaretama.

A ação penal na 1ª Vara da Comarca de Quixadá encontra-se em segredo de justiça. A vereadora nega qualquer participação e se diz inocente.