Com baixa procura, vacina Bivalente foi aplicada em apenas 3,4% da população em Quixadá

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Baixa adesão da população tem prejudicado atingir meta, de acordo com a Gestão de Quixadá (Foto: divulgação/PMQ)

Quixadá: Responsável por dividir opiniões quanto a sua eficácia e espalhar receio entre a população através das fake news, a vacina bivalente que protege contra a Covid-19 não está sendo bem aceita entre a população. Prova disso está nos números: Quixadá é o quarto município entre todos do Ceará, com o menor índice de pessoas vacinadas.

Os dados foram levantados pelo Revista Central no Portal IntegraSUS. Os números são atualizados diariamente a partir das informações contidas na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Portanto, podem variar de um dia para o outro.

Em Quixadá estão previstas que 72.713 pessoas devam tomar a bivalente. Deste total apenas 2.826 pessoas procuraram um posto de saúde para se vacinar, conforme o IntegraSUS, o que corresponde a 3,9%. Barreira também só tem 3,9% da população imunizada. Os campeões são Santana do Cariri e Fortim, com 0,3% e 3,4%, respectivamente, de pessoas vacinadas. Para se ter uma ideia, em Santana do Cariri apenas 36 pessoas tomaram a vacina.

Divisão de opiniões

A bivalente passou a ser oferecida pelo Ministério da Saúde a todas as pessoas maiores de 18 anos que tenham recebido, pelo menos, duas doses do esquema primário ou dose de reforço, respeitando um intervalo de quatro meses da última dose. Ela promove a imunização para novas variantes do coronavírus, além da cepa original e é aplicada em dose única.

Embora tenha sua eficácia cientificamente comprovada, as fake news que permeiam as vacinas fizeram a bivalente cair no descrédito e tem prejudicado o alcance dos índices desejados. Estes índices, por si só, são um enorme desafio. Para se ter uma ideia Quixadá tem pouco mais de 84 mil habitantes, segundo o último Censo. Deste total, 72 mil pessoas precisam tomar a bivalente. É como se a Secretaria de Saúde tivesse que imunizar praticamente 90% do município, algo bastante desafiador.

Por meio de nota a Secretaria de Saúde Municipal respondeu ao Revista Central pontuando que “algumas estratégias vem sendo implementadas como ampliação da oferta dos serviços aos sábado, extensão do horario de atendimento na semana, vacinação extramuros, divulgação em radios e redes sociais quanto a importância das vacinas “. Mesmo assim o baixo índice permanece, o que leva a gestão a acreditar que seja reflexo das “Fake News que disseminam medo nas pessoas e ocasionam a evasão das pessoas na administração da vacina”.