Alexandre de Moraes autoriza quebra do sigilo bancário de Bolsonaro e Michelle

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Polícia Federal vai quebrar o sigilo fiscal e bancário do ex-presidente e de sua esposa (Foto: Agência Brasil)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (17) a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. 

A medida foi solicitada na semana passada pela Polícia Federal (PF) no âmbito da investigação da Operação Lucas 12:2, que apura o suposto funcionamento de uma organização criminosa para desviar e vender presentes recebidos pelo ex-presidente de autoridades estrangeiras.

O advogado Cezar Bittencourt, responsável pela defesa de Mauro Cid, ex-assistente próximo de Bolsonaro, confirmou que seu cliente está disposto a admitir ter vendido joias pertencentes à Presidência, seguindo um pedido do próprio Bolsonaro. Além disso, Cid planeja declarar que direcionou os recursos financeiros ao ex-presidente. As revelações constam na edição da revista Veja, que chega nesta sexta-feira (18) às bancas. 

Segundo as investigações, os desvios começaram em meados de 2022 e terminaram no início deste ano. Entre os envolvidos estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e o pai dele, o general de Exército, Mauro Lourena Cid. O militar trabalhava no escritório da Apex, em Miami.

Conforme regras do Tribunal de Contas da União (TCU), os presentes de governos estrangeiros deviam ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), setor da Presidência da República responsável pela guarda dos presentes, e que não poderiam ficar no acervo pessoal de Bolsonaro, nem deixar de ser catalogados.

Com informações da Agência Brasil