Gasolina fica mais cara e já passa dos R$ 6 em Quixadá com volta da cobrança de tributos

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No pagamento por cartão de crédito, postos no Centro já cobram a gasolina a R$ 6,15 (Foto: RC)

Quixadá: Notícia ruim para o bolso do consumidor: os preços da gasolina e do etanol devem ficar mais caros a partir de julho. A oneração nos preços acontece porque a Medida Provisória 1163/2023, que reduz as taxas de impostos sobre os combustíveis, perdeu a validade nesta quinta-feira (29). Essa medida deve provocar uma rápida reação nos postos de combustíveis, com um preço mais caro pelo litro comercializado.

De acordo com a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), o repasse deve ser de R$ 0,33 por litro no preço da gasolina e de R$ 0,22 no etanol hidratado. Porém, vale ressaltar que existe autonomia para que cada estabelecimento defina sua formação de preços.

Nos postos de combustível de Quixadá e Quixeramobim, por exemplo, duas das maiores cidades da região Central do estado, a variação nas bombas já pode ser notada: a média de R$ 5,54 pelo litro, passou para a casa dos R$ 5,74 em Quixeramobim.

Em Quixadá a variação está equilibrada, alguns postos para atrair a clientela ‘seguram’ o valor dos tributos e ainda não repassaram os impostos ao preço final, vendendo a gasolina ainda pelo preço antigo de R$ 545. Mas em alguns postos no Centro da cidade, a gasolina já pode ser encontrada por mais de R$ 6, como constatou o Revista Central em uma pesquisa realizada nesta sexta.

Na modalidade de pagamento em dinheiro ou por pix, alguns postos em Quixadá estão mantendo os antigos preços (Foto: RC)

A MP havia sido publicada pela Presidência no Diário Oficial da União em março deste ano e deveria valer até este sábado (1°), mas de acordo com a Receita Federal os impostos voltaram a ser cobrados desde ontem (quinta, 29).

Os impostos federais sobre a gasolina e o etanol foram retirados em junho do ano passado, pelo então presidenie Jair Bolsonaro, numa tentativa do Ministério da Economia em conter a alta nos preços. A medida seria válida até o dia 31 de dezembro, mas Lula ao assumir a presidência prorrogou a medida.

O ministro da economia de Lula, Fernando Haddad, já sinalizou durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados este ano, que a Petrobras poderá novamente alterar sua política de preços, numa tentativa de não causar tanto impacto no aumento do preço dos combustiveis, uma vez que os tributos voltariam a ser cobrados.