Quixadá: Depois de 54 anos de história, o tradicional Balneário Cedro Clube virou um amontoado de tijolos espedaçados e poeira. O clube fundado em 1969 foi demolido no último final de semana e agora o terreno está a venda. Para os quixadaenses, o que resta dali de agora em diante, são apenas as boas recordações e lembranças.
Os detalhes acerca da demolição do Balneário Cedro Clube foram confirmados pelo Revista Central com duas fontes da Prefeitura de Quixadá. A decisão partiu de um Comitê, criado pela Secretaria de Cultura, para avaliar as questões sobre a preservação arquitetônica do município.
Embora fosse guardião de uma significativa parte da história de Quixadá, o Cedro Clube estava há anos inoperante e abandonado. Suas antigas piscinas passaram a trazer problemas de saúde com o acúmulo de água suja da chuva, cenário propício para a proliferação de muriçocas e doenças mais graves como a dengue.
Foram essas questões que pesaram na hroa de decidir o que fazer com o Cedro. E no último sábado o prédio ficou resumido à poeira e entulhos. Por decisão da maioria dos sócios, o terreno agora deverá ser colocado à venda.
Embróglio
Como se trata de um prédio histórico e um dos símbolos da história de Quixadá, muito embora começasse a apresentar problemas em sua estrutura, sinais que evidenciavam a necessidade de uma demolição, a decisão era sensível e vinha se arrastando desde julho de 2022, como mostrou o Revista Central na época.
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Depois que a marquise foi demolida naquele ano, a Prefeitura embargou a obra por ausência de licenças. A ação tinha sido iniciada depois que um engenheiro apresentou um laudo mostrando que a marquise do prédio estava comprometida.
Desde então a decisão vinha se arrastando com discussões que se conflitavam: de um lado, a questão técnica de engenharia. Do outro, o cuidado com a questão histórica e cultural de Quixadá. Na queda de braço, venceu a engenharia e o Balneário Cedro Clube, palco de grandes festas e saudosos momentos, é demolido para a saudade da maioria dos quixadaenses.
