Saiba como funciona o sistema da Netflix que bloqueia telas diferentes com uma mesma conta

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Por meio de IP empresa vai saber se conta foi acessadas de outro aparelho (Imagem: Unsplash/Reprodução

A gigante do streaming, Netflix, vai começar a bloquear usuários que acessam as contas de lugares diferentes, por meio de compartilhamento das senhas com amigos ou familiares. A medida tem prazo previsto para começar em março deste ano.

Desde o último trimestre de 2022, quando a empresa fez um balanço financeiro, a Netflix prometeu que vai bloquear o acesso em lugares diferentes porque a prática “prejudica nossa capacidade de longo prazo de investir e melhorar a Netflix, bem como de desenvolver nossos negócios”, disse em comunicado. Em outras palavras: dá prejuízo.

Entre as novas políticas de uso a Netflix deve permitir que somente usuários diferentes, que estejam compartilhando o mesmo wi-fi, ou seja, em tese na mesma casa, possam acessar a conta com mesmo login e senha de aparelhos diferentes. Se um espertinho tentaracessar a conta em outra localização, ela receberá um aviso para criar sua própria conta e ficará bloqueada até que faça um plano.

A empresa vai conseguir saber se você está em lugares diferentes pelo endereço do IP ou o ID dos aparelhos, uma espécie de código próprio de cada aparelho, que fornece às empresas meios de rastrear onde aquele equipamento está sendo usado. Então, se você mora em Quixadá mas dá a senha para seu primo em Fortaleza, a Netflix vai descobrir e vai bloquear o acesso de um dos dois.

A empresa tinha prometido liberar essa restrição mediante o pagamento de uma taxa extra, mas voltou atrás e desistiu do plano. A exceção está no caso das viagens: o dono do plano poderá informar que está em uma cidade ou país diferente e ter o acesso liberado naquele wi-fi por sete dias, podendo ou não ser renovado.

A boa notícia é que, por enquanto, a medida vai ser implementada apenas nos Estados Unidos. O plano da Netflix é começar a colocar essa nova regra por lá, para só em seguida expandir para os demais países da América Latina.

Mas não adianta chorar: se a empresa não voltar atrás, mais cedo ou mais tarde essa decisão vai impactar você, brasileiro. E aí não tem jeito: o espertinho que usa seu plano vai ter que coçar o bolso se quiser continua vendo filmes e séries.