2023 deve ter três eleições suplementares em municípios do Ceará para escolher novos prefeitos

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Município de Palhano perdeu o prefeito e o vice que morreram por problemas de saúde (Foto: Reprodução)

Região CentraL: O ano de 2022 que já terminou poderá ser lembrado pela polarização de ideias do campo político. Tal qual o desfecho surpreendente em Brasília que tirou Bolsonaro do poder apesar de seu forte arsenal midiático, e reconduziu ao cargo o candidato petista Lula, no município cearense de Baixio também houve surpresas: a cidade teve novas eleições depois que o prefeito foi afastado e em pelo menos outras três deve haver escolha de novos gestores em 2023. Os números foram levantados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), a pedido do Revista Central.

Em 2022 município de Baixio foi o único a ter eleição suplementar. Os eleitores voltaram as urnas depois que o prefeito José Humberto Ramalho e o vice, Donizete Cavalcante, foram afastados do cargo suspeitos de abuso de poder político. De acordo com o TRE-CE, Zé Humberto teria utilizado os canais institucionais da prefeitura para promover sua candidatura na campanha de 2020.

Com isso o Tribunal decidiu caçar a chapa inteira, mas no julgamento a corte decidiu que apenas Zé Humberto fosse proibido de candidatar por oito anos. Donizete, que era seu vice, não foi impedido de disputar cargos públicos.

Raimundo Amaurílio Araújo, o Zico, que era presidente da Câmara de Vereadores de Baixio assumiu a prefeitura interinamente, e resolveu colocar seu nome na disputa suplementar. Como a decisão de proibição não atingia o vice do ex-prefeito, Donizete voltou como vice da chapa de Zico e os dois sairam vitoriosos com mais de 67% dos votos.

2022 também teve surpresas na política em Tururu. A prefeita Hilzete Malvim foi afastada do cargo e teve o mandato cassado pelos vereadores, por cometer três irregularidades administrativas: nomear diretores de escola sem competência técnica, garantir gratificação a servidores contratados que não era permitida por lei e nomear populares para cargos que não existiam no organograma do município. O vice dela, Dr. Bernardo, assumiu o cargo desde então, e o TRE-CE não marcou leições suplementares.

Matheus Góis, filho do ex-prefeito de Pedra Branca, venceu eleição suplementar em 2021 (Foto: reprodução/facebook)

Diferente deste ano, em 2021 houve seis eleições suplementares, uma delas em Pedra Branca, que levou ao cargo Matheus Góis, filho do então ex-prefeito da cidade Góis. As outras disputas ocorreram em Misão velha, martinópole, Jaguaruana, Viçosa do Ceará e Barro.

E para 2023 já há anúncio de pelo menos três eleiçoes suplementares no Ceará, um dos municípios é Iguatu, mas na última semana de dezembro de 2022, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, decidiu suspender o pleito até o julgamento final do Recurso Especial interposto pelo prefeito e pelo vice-prefeito de Iguatu, ora afastados, Ednaldo de Lavor Couras e Franklin Bezerra da Costa.

Palhano deve ter nova escolha de prefeito em fevereiro de 2023, depois que tanto o prefeito como o vice, morreram em decorrência de problemas de saúde. Outro município onde a população também voltará às urnas em fevereiro é Pacujá. Conforme o TRE-CE, em outubro do ano passado, o prefeito Raimundo Rodrigues de Sousa Filho o vice-prefeito José Silva de Abreu tiveram suas cassações mantidas pelo TRE. Os dois são investigados na operação ‘mensalinho’, por pedirem voto em troca de benefícios, tais como: compra de passagens aéreas, entrega de materiais de construção, depósito de valores e entrega de dinheiro em espécie.