Plano de combate a seca no Sertão Central é lançado pela Funceme e Cogerh em Quixeramobim

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Apresentação do plano aconteceu em Quixeramobim e traz medidas para enfrentamento da estiagem consideradas inovadoras (Foto: Cogerh)

Quixeramobim: Foi lançado na última semana em Quixeramobim o Plano de Gestão Proativa de Seca do Sistema Hídrico Patu, no Sertão Central do Ceará. O objetivo é colocar em prática ações que mitiguem o impacto das secas e aumentem a segurança hídrica em determinadas regiões do Estado.

O Plano é formulado a partir de um planejamento estadual de secas, e se constitui como uma iniciativa pioneira no Brasil. A estratégia é elaborada pelo Programa Cientista Chefe de Recursos Hídricos, a Cogerh, Funceme e o Comitê da Sub-Bacia Hidrográfica do Rio Banabuiú. O lançamento ocorreu durante a 76ª Reunião Ordinária do CSBH-Rio Banabuiu, na cidade de Quixeramobim.

Diferentemente de outros planos técnicos, pensados a longo prazo, o Plano de Seca do Patu e os demais a serem construídos no Ceará tem como característica central a tônica operacional e a abordagem proativa a curto prazo, conforme explicou a engenheira ambiental e pesquisadora do Projeto Cientista Chefe, Gabriela Reis.

“O Plano de Seca estipula as ações que devemos ter diante de uma seca e considera a estrutura existente, contando com as demandas e ofertas que temos hoje”, pontuou.

Instituições centrais dos processos de decisão e alocação de água do estado também estão envolvidos no planejamento dos Planos de Secas. É o caso dos Comitês de Bacia Hidrográfica – no caso das Regiões Hidrográficas – e das Comissões Gestoras de Sistemas Hídricos, para os hidrossistemas, ambos atuando com apoio técnico da Cogerh.

O sucesso na construção do Plano veio da experiência recente de seca na região. “A missão dos pesquisadores e da Cogerh é ouvir a população local e sistematizar ações estruturantes e políticas públicas emergenciais que deram certo na mitigação da seca para que sejam utilizadas organizadamente na próxima estiagem”, destacou Joca.

Segundo o secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, o plano vai “auxiliar na definição de várias ações que já são tomadas atualmente, como a alocação de água, além de facilitar para que novas ações possam ser tomadas de acordo com a necessidade de cada região”.