Quixadá: As imagens na subida do Santuário Rainha do Sertão de Quixadá, que foram destruídas por um homem na semana passada, começaram a ser restauradas. Uma das imagens teve o processo de restauro feito ainda no local, e outra foi levada para que o trabalho de recuperação seja feita em uma oficina.
Os detalhes foram confirmados pelo Padre Davi, reitor do Santuário, em entrevista exclusiva ao Revista Central. De acordo com o religioso as imagens serão restauradas por uma pessoa de Quixadá que se dispôs a arcar com todos os custos do processo.
“Uma pessoa mesmo de Quixadá colocou-se a disposição. Essa pessoa é muito amiga do bispo emérito Dom Adélio Tomasin. No momento ela disse que vai ficar com todas as despesas da restauração”, disse Padre Davi.
No total duas imagens que fazem referência a estações da Via Sacra foram danificadas por um homem, na última semana. Uma delas foi possível restaurar lá mesmo, já a outra, conforme Padre Davi, foi levada a uma oficina em um caminhão, com a ajuda de um guincho.
Uma versão que se espalhou nos últimos dias falava que moradores da cidade estariam se organizando uma vaquinha, para colaborar com os custos do trabalho. O reitor do Santuário confirmou que fiéis se colocaram a disposição para ajudar caso necessário, mas não soube confirmar se a realização da vaquinha procedia.
“Tinha outras pessoas que se colocaram a disposição se precisar, de alguma ajuda financeira. Em relação a vaquinha eu não estou sabendo. A pessoa que nos procurou colocou-se a disposição, vai ficar com todas as despesas, então já está sendo providenciado”, detalhou Padre Davi.
As duas imagens em gesso foram quebradas por um homem que revelou ter cometido o ato em um ataque de fúria. Ele procurava por um parente que se refugiava na mata na região da Serra do Urucun, depois de ter praticado um arrastão na semana passada no distrito de Uruquê, em Quixeramobim, e logo após fugir da Polícia.
Quando pedia ajuda a uma pessoa que passava pelo local e teve a ajuda recusada, o homem saiu quebrando as imagens. Em mais de 30 anos as esculturas, feitas em gesso, com tamanhos semelhante ao tamanho humano, jamais tinham sido alvo de vandalismo. O homem prestou depoimento na Delegacia de Quixadá e aguarda inquérito em liberdade.