Quando o mundo todo parecia ter finalmente se livrado da pior fase da covid-19, um outro vírus se hospedou nos humanos e fez nascer novamente, ainda que em proporções menos graves, um novo combate: era a monkeypox, conhecida como varíola dos macacos. Os números no Brasil não param de crescer: segundo o Ministério da Saúde, até ontem eram 5.103 casos suspeitos e 7.534 confirmados.
O Ceará também está em uma situação preocupante: é o quinto estado do País com o maior número de pacientes confirmados, e o número um entre os estados da região Nordeste com a maior concentração de casos positivos. São 251 casos até este sábado, conforme a plataforma IntegraSUS, da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa). Na região do Sertão Central já há quatro casos confirmados: dois em Pedra Branca e também um caso em Choró e Quixeramobim, cada.
O surgimento de pacientes positivo na região começou a fazer se espalhar uma onda de preocupação ainda maior, com vistas a descobrir informações que sejam importantes para fazer as pessoas se protegerem do vírus. O Revista Central reune as informações mais importantes para vc ficar por dentro da doença e saber como se previnir.
Quais os principais sintomas?
Febre
Dores no corpo
Dor de cabeça
Calafrio
Fraqueza
Adenomegalia: linfonodos inchados (ínguas)
Erupções cutânea ou lesões de pele
Quando eles aparecem?
O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da monkeypox (período de incubação) é tipicamente de 3 a 16 dias, podendo chegar a 21 dias.
O que fazer se eu apresentar os sintomas?
Ao sentir algum sintoma suspeito que possa ser compatível com a varíola dos macacos, procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Unidade de Pronto Atendimento para avaliação. Informe se você teve contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença. Se possível, isole-se e evite o contato próximo com outras pessoas.
Como é transmitida?
A principal forma de transmissão ocorre por meio do contato direto pessoa a pessoa, chamado de pele a pele.
Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam, como a erupção cutânea (feridas na pele), febre, dores no corpo e na cabeça, ínguas, calafrios e fraqueza. O período de transmissão ocorre até que as lesões cicatrizem completamente e uma nova camada de pele se forme.
O contágio por contato próximo pode ocorrer, principalmente, por relação sexual, beijo, abraço e contato com a pele lesionada, ou com fluidos corporais, como pus, sangue e saliva da pessoa doente.
O contato com objetos contaminados, tais como toalhas, roupas de cama, talheres, pratos e outros utensílios que foram manuseados pela pessoa infectada, também oferecem risco de transmissão. Dessa maneira, trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos ficam mais expostos ao risco de infecção.
Se for grave, tem remédio para tratar?
De acordo com o Ministério da Saúde a maioria dos casos diagnosticados no Brasil apresentaram sintomas leves, mas se o caso for grave, já tem remédio para o tratamento, sim. O Brasil recebeu os primeiros tratamentos medicamentosos de tecovirimat, utilizados em pacientes com quadros graves e que foi doado pelo laboratório fabricante.
Quando sei que meu estado é grave e que devo tomar remédio?
A prescrição de tecovirimat para paciente com resultado laboratorial positivo para varíola dos macacos com lesão ocular e/ou internado com caso grave, ocorre quando ele apresenta uma ou mais das seguintes manifestações clínicas:
Encefalite: presença de alteração clínico-radiológica e/ou liquórica compatível com o acometimento de Sistema Nervoso Central – SNC;
Pneumonite: presença de manifestação respiratória associada a alteração radiológica sem outra etiologia provável;
Lesões cutâneas com mais de 250 erupções espalhadas pelo corpo;
Lesão extensa em mucosa oral, limitando a alimentação e hidratação via oral;
Lesão extensa em mucosa anal/retal, evoluindo com quadro hemorrágico e/ou infeccioso secundário à ulceração.
O medicamento não é indicado para pacientes ou representantes legais que não aceitem o termo de consentimento livre e esclarecido, bem como histórico de alergias a algum de seus componentes ou pacientes com menos de 13kg de peso.
Com informações do Ministério da Saúde