Laskadim, Churuka, Jumentinho Amarelo: os candidatos do Ceará com os nomes mais inusitados

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Legislação tem algumas regras para candidatos que usam de nomes inusitados (Foto: Gazeta do Povo)

Eleições 2022: Há quem tente fazer da política um circo e para alguns candidatos, as eleições que deveriam ser um momento único de democracia e de definição das ações que definem o rumo do país ou de um estado, acaba se tornando uma espécie de palco de coisas inusitadas.

É o caso dos que se utilizam de nomes exóticos. Se tornou comum entre aqueles que concorrem a vagas de deputados, senadores e vereadores, disputarem a preferência do eleitor com nomes diferentes, apelidos e formas exóticas de ser lembrado.

O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará recebeu até as 19 horas da última segunda-feira (15), último dia do prazo, um total de 991 pedidos de registro de candidaturas para os cargos em disputa nas eleições de 2022. A maioria são de candidatos a deputado estadual, com 555 inscrições. Os que concorrem ao cargo de deputado federal somaram 407 concorrentes.

E nesse vasto número de cargos inscritos no sistema eleitoral, já há uma série de nomes bastante diferentes.

Buiú, será candidato pelo Pros a uma vaga de deputado federal. Também concorrem ao cargo o Chico Pezão Caucaia pelo Podemos e o Cimbinha Cearense pelo PL. Cícero animal das pistas pelo MDB e o É HOje pelo PP também pleiteiam uma vaga. Na lista aparece ainda o Izaias Cocadinha (Podemos), o Laskadim (Pros) e o famoso Palhaço Tutu (Pros).

Há quem dispute um cargo de deputado estadual homenageando o jogador Adriano Imperados pelo União. O Agopin.com também está na lista dos inusitados que disputam uma vaga para deputado estadual, ao lado do Balão do Povo (MDB), Cancão (PL) e a Churuca (Avante).

A candidata Coleguinha também está na corrida eleitoral pelo Avante por uma vaga na Assembleia Legislativa do Ceará. Dedão (Pros), Estrela Família que Birlha (Avante) e Jumetim Amarelo (PDT) também estão no páreo. Figuram ainda a lista o Matuto da Praia (PSB), Parangaba (PSB), Pipoca (Psol) e Turika Show (Podemos).

O que diz a lei?

a legislação limita os nomes de urna a 30 caracteres, podendo ser prenome, nome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo qual candidato é conhecido, desde que não atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente. Após o registro, os nomes devem passar pelo crivo dos Tribunais Eleitorais, encarregados de avaliar todas as candidaturas.

A lei proíbe, ainda, o uso de expressões ou siglas que pertencem a qualquer órgão da administração pública. Por isso, “Fulano da Polícia Federal” ou “Ciclano da Fundação de Ação Social do Município”, por exemplo, não são aceitos pela Justiça Eleitoral. Para burlar a proibição, esses candidatos geralmente optam por nomes mais genéricos como “Fulana da Saúde” ou “Zé do Posto”.