Se até aqui as chuvas no Ceará vinham apresentando um cenário favorável, ao final da primeira quinzena de maio a luz amarela de alerta se acende: dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) indicam que as precipitações registradas nas duas primeiras semanas de maio, ficaram abaixo da média histórica.
Os dados da chamada média histórica são feitos pela Funceme considerando tudo o que já choveu e o que foi medido, desde quando esses dados começaram a ser levantados, e a partir de uma projeção matemática, eles estimam quanto é esperado para cada mês.
Segundo a Funceme no mês de maio são esperados 90,6 mm de pluviometria em todo o Estado. Mas até o momento os meteorologistas computaram apenas 59 mm. Tudo o que choveu em todos os 184 municípios até o momento, representa apenas 65% do total que é aguardado para os trinta dias de maio.
Nestes 15 dias, as macrorregiões com determinado destaque são o Litoral de Fortaleza, onde as precipitações acumulam 132,5 mm, e o Maciço de Baturité, com 112,3 mm. As áreas já podem ser consideradas com precipitações dentro da normalidade. O Sertão Central e Inhamuns é onde menos choveu em maio. Segundo a Funceme, o acumulado é de apenas 37,2 milímetros, o que representa um desvio negativo de 46,6%.
Dos quatro meses da quadra chuvosa, janeiro, fevereiro, abril e maio, o último é o que normalmente se espera a menor quantidade de chuvas. Conforme a gerente de Meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto, a tendência é de que as chuvas continuem no estado na segunda quinzena, especialmente, em áreas próximas ao litoral. “Isso, claro, cria a expectativa para o cearense de que maio encerre com chuvas próximas à média histórica”, diz a pesquisadora.