Eleitores querem moto do homem que levou Bolsonaro em Quixadá em troca de casa mobiliada

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Jackson Sousa virou famoso e todos querem fazer negócio em sua Honda Biz e tirar foto com ele (Foto: arquivo pessoal)

Quixadá: Bastou dar uma carona em sua Honda Bis para que o funcionário público Jackson Sousa se tornasse famoso, da noite para o dia. Também pudera: o caroneiro era ninguém menos do que, ideologias à parte, a maior autoridade da nação, o presidente da república Jair Messias Bolsonaro.

Jackson é o motoqueiro que levou o presidente em sua moto na última quarta-feira (23), quando Bolsonaro passou por Quixadá para cumprir sua agenda presidencial. O vídeo rodou o Brasil e foi um dos assuntos mais comentados do instagram e Twitter. Desde então ele viu sua rotina ficar alterada: se tornou famoso, todo mundo quer tirar foto com sua moto e foi procurado por um simpatizante de Bolsonaro do Rio Grande do Norte que quer mobiliar sua casa.

Mas, afinal, como Bolsonaro foi parar na garupa daquela moto que sequer estava emplacada? “Foi pura sorte”, responde Jackson Sousa. Depois de ser barrado pela equipe de seguranças no aeroporto, ele resolveu ir para o Boto, onde uma multidão se concentrava para esperar o presidente. Foi lá, depois de inaugurar um sistema de abastecimento da Funasa, que Bolsonaro comeu pastel misto e tomou café num copo de plástico.

“Estava eu e meu sobrinho (em outra moto). Quando eu subi na minha moto, mandaram sair da frente pro carro do Samu passar. Eu fui dando passagem e quando vi o presidente estava do meu lado. Aí, ele bateu no meu ombro e disse: ‘arrocha!'”. Jackson ficou surpreso. “Rapaz eu não estava acreditando!”.

Jackson transportou o presidente do Boto até o Centro de Quixadá (Foto: reprodução)

As imagens do trajeto rodaram o País através das redes sociais. Nela é possível ver Bolsonaro segurando fortemente a camisa de Jackson, mas para ele Bolsonaro estava confiante. “Ele segurava forte porque acenava para o povo com a outra mão, mas ele mandava: ‘Corre, arrocha!'”. Na conversa do Boto até o Centro de Quixadá, onde havia uma estrutura esperando o presidente, o motoqueiro de Bolsonaro afirma que ele se mostrava empolgado. “Ele dizia: ‘Aqui é Quixadá, porra!”

Jackson Sousa tem 32 anos e é pai de duas filhas. Ele trabalha na prefeitura de Quixadá no cadastro do Auxílio Brasil, programa reformulado por Bolsonaro. Mora no Renascer, próximo a UPA com os pais. Levava uma vida tranquila, mas desde então se tornou famoso. “Tem gente que fica me pedindo pra tirar foto, querendo ver a moto, dizendo que é a moto do presidente”, conta.

E a Honda Biz, que até sem placa está, agora vale ouro depois que deu carona ao presidente. Jackson revelou que um simpatizante do Rio Grande do Norte, quer mobiliar sua casa e dar outros objetos de valor, em troca do veículo. O Revista Central escutou os áudios trocados entre Jackson e o simpatizante e comprovou a conversa. “Eu dou uma casa toda mobiliada por essa Bis aí, e ainda dou um paramotor que eu tenho aqui. Ele vai escolher o que ele quiser! O que tiver de quarto a gente coloca mobília, bota TV, ar-condicionado, guarda-roupa, o que ele quiser a gente bota dentro, e pode mandar a moto de lá pra cá”.

A decisão ele ainda vai tomar, mas uma coisa é certa: Jackson, que já votava em Bolsonaro, afirmou que dará seu voto novamente no líder da direita. “Bolsonaro pra mim ainda continua sendo a esperança do Brasil. Tivemos um azar muito grande, por causa da pandemia, mas ele vem trabalhando. A Globo vem contra ele mas, pra mim, ele é a esperança do Brasil”. E antes de se despedir, ele reforça um pedido: “Coloca o arroba do meu instagram aí, tá bom?”. Tá certo, Jackson! A gente coloca: @jakson2d