Mulher mandou matar amante em Quixadá e pagou “serviço” com sexo, conclui investigação da Polícia Civil

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Corpo foi encontrado ensanguentado nas primeiras horas da manhã pelos moradores (Foto: reprodução)

Quixadá: A Polícia Civil concluiu que a causa da morte do catador de lixo Francisco Wilson Pereira, no bairro Campo Novo, no final de janeiro deste ano, foi motivada por ciúmes. O crime foi encomendado por uma garota de programa que era amante de Wilson, e que contratou o autor do crime prometendo manter relações sexuais com o homem.

Maria Elizete Campos da Silva e José Neoberto da Silva Dantas, vulgo Neném Grande, apontados como envolvidos no assassinato do catador, estão presos preventivamente há duas semanas. A prisão foi representada pelo delegado regional da Polícia Civil de Quixadá, William Lopes, que enviou o pedido à Justiça com as provas anexadas ao inquérito.

De acordo com as investigações, Maria Elizete era amante da vítima. Ela trabalhava como garota de programa mas mantinha com o catador de lixo uma espécie de relação fixa. Com ciúmes e um dia após uma discussão, ela contratou José Neoberto, que era amigo da vítima, e pediu que ele matasse Wilson com a promessa de que manteria relações sexuais com o homem se ele cumprisse com o trato.

Neoberto não foi escolhido à toa: ele tinha experiência no abate de suínos. Francisco Wilson foi morto na Mata do Peri, no Campo Novo. Lá, ele teria sido atingido com uma facada no pescoço, atingindo a veia jugular e a artéria carótida. Sangrando, ele ainda conseguiu andar até uma esquina, onde perdeu as forças e morreu.

O suspeito nega o crime, mas aliada à confissão de Elizete a Polícia Civil afirmou ter “fortes indícios”, um deles está na facada desferida contra a vítima. Ela foi atingida com um golpe no pescoço, acertando a veia jugular, da mesma forma como no abate suínos, demonstrando pleno conhecimento do sistema circulatório de animais.

No dia seguinte, a garota de programa manteve relações sexuais com o homem contratado para cometer o crime na estrada do Açude Cedro. Os dois foram descobertos pela Polícia Civil durante as investigações. Elizete confessou o crime e o modus operandi em depoimento. Os dois estão presos e aguardam julgamento da Justiça.