Alunos de escola em Ocara vencem premiação da Samsung ao criar máquina para extrair castanha de cajú

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Alunos venceram votação na categoria Juri Popular e foram premiados pela Samsung (Foto: divulgação)

Estudantes de uma escola pública de Ocara venceram um concurso internacional promovido pela empresa de tecnologia Samsung, após desenvolverem um protótipo de um equipamento que auxilia na extração de castanha do caju sem que o fruto seja danificado no processo.

Os premiados são alunos da Escola Estadual de Educação Profissional Maria Môsa da Silva e venceram a disputa na categoria Júri Popular. A premiação, intitulada Solve For Tomorrow, garantiu a cada estudante um fone de ouvido Samsung Buds+, além de um troféu. No mercado o preço deste tipo de fone, considerado de última geração, chega a R$ 600.

Batizado de “Descastanhador Môsa”, o prottótipo desenvolvido pelos alunos oferece, como meio de facilidade para os produtores, a chance de aumento da renda com maior agilidade para obtenção da castanha. O valor mais acessível também é um ponto positivo, já que um equipamento similar no mercado custa cerca de R$ 6 mil.

Além de permitir um bom aproveitamento do fruto, o projeto impacta na vida escolar de alunos, já que muitas famílias na região de Ocara trabalham com a cultura do Caju. O processo de extração da castanha nos moldes atuais demanda tempo e, para garantir a meta da produção, os alunos precisam faltar à aula para ajudar os pais. Com o protótipo o trabalho fica mais ágil, sem a necessidade da mão de obra de muitos envolvidos.

Em pesquisa realizada pela escola, descobriu-se que 94% dos estudantes têm pais ou avós agricultores. “A nossa principal intenção foi trazer respostas para dentro da comunidade. Todos nós temos algo para aprender, sempre olhando para as coisas e buscando soluções”, disse a professora de Química e orientadora dos alunos, Hilma Muniz Bezerra, em entrevista ao jornal O Povo.

De acordo com a Samsung Os alunos que participam do programa contam com mentorias oferecidas pelo projeto, que já entra em sua oitava edição no Brasil. A iniciativa já envolveu mais 165 mil estudantes, 22 mil professores e 5 mil escolas públicas em 8.113 projetos inscritos. Esta oitava edição, que também foi a segunda a acontecer de forma totalmente remota por conta da pandemia, registrou um aumento de 22% na participação de estudantes, como também em 40% na de professores e 52% na de escolas.