Quixeramobim: Prefeito Cirilo Pimenta exige saída imediata de ambulantes na praça da matriz

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Notificação enviada pela Prefeitura de Quixeramobim aos ambulantes exige saída imediata dos vendedores que usam espaços da praça da matriz, no Centro da cidade. (Imagem: Reprodução/Sertão TV)

Vendedores ambulantes que usam espaços da praça da matriz, no Centro de Quixeramobim, para trabalhar, foram notificados pela Prefeitura que exigiu a saída dos trabalhadores do local. A ação deixou os ambulantes preocupados, já que a notificação só exigia a saída e não indicava para qual outro lugar eles seriam realocados.

O documento enviado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura aos vendedores afirma: “não será permitido vendedores ou comerciantes ou a instalação, comercialização tão pouco a permanência de quiosques, carrinhos de lanches ou até mesmo lonas para exposição de mercadorias, pois atrapalham o trânsito dos transeuntes e dificulta a limpeza urbana”. A notificação tem assinatura datada do dia 5 de maio.

Uma das vendedoras notificadas, Luciene Bernardo, falou com o repórter Erivelton Barbosa, da SertãoTV, revelando que ao procurar o secretário de infraestrutura, Afrânio Feitosa, a resposta que recebeu foi de que será realizada uma reunião com o padre da igreja matriz e até que esse encontro aconteça, os ambulantes podem ficar no local onde estão. A vendedora desabafa: “no meio desse vírus louco que a gente está passando, a luta pela sobrevivência está cada vez maior”.

Os ambulantes contam que geralmente ficam no local de 6h até 12h, vendendo café, chá, suco, salgados, caldo e outros alimentos. O vendedor Francisco Aldo Felipe, preocupado com a situação, diz: “nós dependemos disso aqui para sobreviver […] o meu ganho é isso aqui”.

O prazo, de acordo com a notificação enviada pela Prefeitura de Quixeramobim, foi de 24 horas para os ambulantes saírem do local. O documento indicava que quem insistisse em desobedecer teria as mercadorias recolhidas e só poderia retirar após pagamento de multa e despesas com transportes. A notificação alertava ainda o seguinte: ‘no caso de reincidência ficam sujeitas as medidas administrativas da Secretária de Infraestrutura’.