![](https://revistacentral.com.br/wp-content/uploads/2020/07/Vacina-Coronavírus-e1605789716660.jpg)
A última semana marcou o início daquela que pode ser uma nova era de convivência com o coronavírus em todo o planeta. Laboratórios concluíram estudos de duas das quatro vacinas que atualmente estão em elaboração para a cura do Covid-19 e constataram que o medicamento tem, sim, eficácia para tratar pacientes que estejam infectados com o vírus.
Todo o planeta respirou mais aliviado com a informação. Era a notícia que muitos ansiosamente esperavam. Até hoje, ainda são muitos os que se assustam com os efeitos da pandemia e vivem a mercê de uma quarentena eterna, trancados dentro de suas próprias casas, fazendo deste comportamento preventivo, uma porta de passagem para problemas que surgem no âmbito psicológico e social, como depressão e fobias.
Na última quarta-feira (18), a americana Pfizer e a alemã BioNTech, empresas farmacêuticas que atuam juntas na busca de uma cura para o coronavírus, publicaram a conclusão da fase final de testes de uma vacina. São as primeiras empresas a fazer esse anúncio e a vacina se mostrou segura e 95% eficaz. A terceira fase é a ultima fase de testes de criação de uma vacina e os resultados otimistas indicam que a vacina tem tudo para ser aprovada rapidamente.
Testes conclusivos
![](https://revistacentral.com.br/wp-content/uploads/2020/10/2020-10-06t123727z_1_lynxmpeg9516a_rtroptp_4_saude-coronavirus-chinaoms-vacinas-320x192.jpg)
Nesta terceira fase, que começou em julho, mais de 43 mil pessoas de todas as idades participaram do teste em seis países; cerca de três mil no Brasil. Esses dados determinam o percentual de eficácia de 95%, 28 dias depois da primeira dose. Já em voluntários acima dos 65 anos, a eficácia foi superior a 94%. Os efeitos colaterais apresentados foram mínimos e apenas para um pequeno grupo dos que participaram do teste. A empresa diz que tem capacidade para fabricar 50 milhões de doses em 2020 e até 1,3 bilhão em 2021.
Um dia depois de publicado o estudo da Pfizer com a BioNTech, na quinta-feira (19) foi divulgado numa prestigiada revista científica americana os resultados da fase 2 da vacina que está sendo elaborada pela AstraZeneca . O estudo foi considerado conclusivo após ser revisado por cientistas que não tiveram ingerência no processo de produção da vacina e foi divulgado no momento em que a empresa já está em andamento na Fase 3.
De acordo com o estudo, a vacina da AstraZeneca, cujo nome oficial é ChAdOx1 nCoV-19 (ou AZD1222), foi testada em 560 participantes, incluindo 240 pessoas com mais de 70 anos. A fase 2 dos testes verifica a segurança e a capacidade do imunizante de gerar uma resposta do sistema de defesa. Normalmente, ela é feita com centenas de voluntários e mostrou segurança e induziu “uma forte resposta imune” em idosos já na primeira dose. Na segunda dose, todos os demais participantes das outras faixas etárias também tiveram imunização comprovada.
![](https://revistacentral.com.br/wp-content/uploads/2020/11/Aviao-Vacinas-320x180.jpg)
Lotes no Brasil
Também na última semana chegaram ao Brasil as primeiras 120 mil doses da vacina produzida na China contra o Covid-19. O composto químico já passou pelas fases 1 e 2 e agora chega ao Brasil para a Fase 3 dos testes. A CoronaVac, produzida pela chinesa SinoVac, chegou ao Brasil após o aval da Anvisa Ela é estudada em conjunto com o Instituto Butantan. Seis milhões de doses devem chegar ao Brasil até o fim do ano.
Todas essas notícias vem à tona justamente na semana em que ficou marcada pelo surgimento do primeiro caso de Coronavírus no mundo, um ano atrás. A possibilidade de que o dia 17 de novembro seja um dos marcos iniciais da pandemia foi levantada em reportagem do jornal South China Morning Post. O jornal – baseado em Hong Kong – relatou ter tido acesso a documentos do governo chinês apontando que a primeira pessoa infectada pode ter sido um morador de Hubei de 55 anos. O rastreamento do caso indica que a data do caso é de um ano atrás.