Coluna Amadeu Filho: Adauto Lino, o vereador que amava o sertão

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adalto_linoCom sangue verdadeiramente nordestino, sempre voltava a seu Jatobá para “matar” a saudade de sua gente querida.

Nos anos 40, uma criança olhava com muita atenção e admirava seu pai, o agricultor Francisco Lino do nascimento trabalhando a terra. Feliz no abençoado chão da região de Jatobá (Quixadá). Como todo nordestino, seu Francisco olhava para o céu, esperando sinal de chuva para uma boa colheita. Esta criança era Adauto que não demorou muito e passou a ajudar seu pai no cultivo da terra.

A família pedia chuva com abundância e as orações sempre aconteciam, toda tardinha, naquela casa sertaneja. Dona Glicéria achava muitoimportante o interesse daquela criança em ajudar seu pai, mas queria (como toda mãe quer) que o adalto_linoAmenino frequentasse os bancos da escola. Com o passar dos anos, Adauto, mesmo amando com intensidade o sertão, tomou a iniciativa de morar na cidade. Com lágrimas, deixou seu coração no amado Jatobá, mas precisava trabalhar para ajudar os pais e os irmãos. Sempre dizia que o sertão é bonito no inverno e até mesmo no verão.

adalto_linoAaNaquele momento a Terra dos Monólitos crescia a passos largos. Precisava encontrar trabalho e isso não demorou a acontecer, pois cruzou em seu caminho, aquele que se tornaria um dos seus maiores amigos, o comerciante Zeque Roque. Trazendo do sertão a honestidade, a vontade de trabalhar e o respeito com as pessoas, logo destacou-se como vendedor.

Além de se tornar um vendedor muito querido, era desportista e torcia fervorosamente pelo Quixadá Futebol Clube. Foi dirigente e torcedor do Jatobá Esporte Clube que representava seu amado povoado. Bastante popular, foi convidado para integrar partidos políticos e com apoio da família, dos amigos e claro, do querido comerciante Zeque Roque, foi eleito vereador.

Esteve na Câmara Municipal de Quixadá por cinco períodos legislativos. Ganhou a confiança dos administradores, ocupando diversas secretarias nas administrações de alguns prefeitos.

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Com sangue verdadeiramente nordestino, sempre voltava a seu Jatobá para “matar” a saudade de sua gente querida. Vale destacar que, sua grande luta foi sempre a busca de melhoras na vida das comunidades sertanejas. Depois de muitos anos de dedicação a sua querida Quixadá. Adauto partiu para outras missões em 31/03/1988, deixando triste os amigos e seus filhos José Weimar(vereador), Wanderley, Meyre Socorro e Marília. Recebeu muitas homenagens em vida dos quixadaenses que o reconheciam como um grande filho. Todas as vezes que era homenageado, fazia questão de afirmar: “Sou um cidadão sertanejo”.

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