Coluna Amadeu Filho: torcida quixadaense não esquece o futebol clássico de Helano

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Helano, atualmente, não comparece aos estádios, pois tem muitas saudades do tempo em que jogava.

Numa tarde dos anos 70, ao final de um jogo do Quixadá contra o Fortaleza, o mais famoso comentarista esportivo do Ceará, em todos os tempos, Paulino Rocha, assim se expressou: “Hoje, aqui no Castelão, um garoto encheu os olhos da torcida. Ele tem uma velocidade fantástica, toques enxutos, ele é magistral com a bola nos pés”. Depois do comentário do Paulino, pipocaram convites para Helano helano_quixada2vestir a camisa de grandes clubes, inclusive do Ceará e do Fortaleza.

Mas de casa, veio à ordem expressa da mãe, a professora Elvira e do pai João Vicente: “Filho nosso só veste a camisa do Quixadá e de mais ninguém”. Helano começou a defender o helano_quixada3Canarinho, a partir de 1975 (ano em que o time retornou para sua cidade, pois tinha se transferido para Fortaleza). Alguns de seus colegas de equipe, nos anos em que jogou: Airton Lélis, Zé Preguinho, Doca, Carlão, Pial, Tim, Neném Mossoró, Manuelzinho, Romero Filé, Zé Carlos, dentre outros. Teve como treinadores, o Freitinhas, o seu favorito, Vicente Trajano, Dunga.

O craque faz questão de ressaltar a importância de grandes abnegados pelo Canarinho como Zé Abílio, Pio, Carmélio Queiroz (que levava o time na sua Kombi) para qualquer parte do Ceará, Zeque Roque e atualmente Dr Valmir. Para Helano, o jogo mais importante da sua vida de atleta, foi no ano de 1977, jogo contra o América, decidindo a permanência do time na elite do futebol cearense. O Quixadá venceu o jogo por “3 X 2” com dois gols do Massangana e um do Pistola.

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Helano lembra que o time jogava, quase sempre na preliminar o que obrigava o torcedor da capital ir mais cedo ao estádio para ver o bom time da Terra dos Monólitos. O time que venceu o América foi: Nenen, Carlão, Pedro Soares, Zenóbio e Tomé(jogou improvisado na lateral esquerda); Helano, Neném Mossoró e Pistola: Manezinho, Massangana e Chiquinho Paraíba.

Antes de chegar a ser jogador profissional, Helano Costa Lima(15.01.1957), jogou no Balneário, time que marcou época, no salonismo local, onde recebeu muitos ensinamentos do técnico Manoel Bananeira. Do futebol de salão, surgiu o driblei desconcertante, uma marca do ex-craque. Ainda adolescente, teve destacada atuação no Bangu, sendo um dos preferidos do treinador João Eudes Costa.

Helano tem muitas saudades da convivência com todos seus colegas, mas lembra principalmente do inesquecível Zé Antônio, uma espécie de pai para ele e para outros jovens atletas do Canarinho. Futebol hoje para o Helano, só mesmo na “TV”. Não comparece aos estádios, pois tem muitas saudades do tempo em que jogava. Torcedor fanático do Botafogo tem Garrincha, como seu grande ídolo.

Helano defendia com muito amor o Canarinho. Muitas vezes, chorou nas derrotas. Foi um símbolo de paixão, de raça, de entrega ao time que, nos dias de hoje, continua a torcer! Com certeza, a torcida não esquece de Helano e o colocou na galeria dos grandes nomes do nosso futebol.


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