Ministério Público interroga secretário de Quixadá e defesa estranha vazamento

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Segundo a defesa, os próprios representantes do MP admitiram a possibilidade de revogação da prisão do secretário pela ´desnecessidade´.

Os promotores que compõem a Procuradoria de Combate aos Crimes Contra a Administração Pública (Procap), tomaram, na tarde de ontem, o depoimento de um dos 15 gestores públicos e empresários que tiveram prisão temporária decretada durante a investigação sobre fraudes licitatórias na Prefeitura Municipal do Quixadá.

O secretário municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Raimundo Ribeiro Damasceno, foi ouvido pelos promotores André Clark e Igor Pinheiro na presença de seu advogado, criminalista Leandro Vasques, na sede da Procap.

Em entrevista, por telefone, no começo da noite de ontem, o advogado explicou que o depoimento foi rápido, mas suficiente para que ele (o secretário) desse todas as explicações necessárias às investigações. Segundo ele, os próprios representantes do Ministério Público Estadual (MPE) admitiram a possibilidade de revogação da prisão do secretário pela ´desnecessidade´.

“A defesa respeita a atuação do Ministério Público Estadual, aplaude o seu zelo com a coisa pública, mas espera que medidas drásticas, como o aprisionamento antecipado à pena, não sejam adotadas”.

A decretação das prisões temporarias decorreu das investigações realizadas pelo MPE durante a ´Operação Miragem I´, realizada em conjunto com a Polícia Civil no mês de junho último.

Na última quarta-feira (31), os dois órgãos juntos desencadearam a ´Operação Miragem II”, para o cumprimento de 15 mandados de prisão temporária e outros 19 de busca e apreensão em Fortaleza, Quixadá, Maracanaú, Russas e Morada Nova.

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Vazamento

Contudo, das 15 ordens de custódia, a Polícia conseguiu cumprir apenas duas, detendo os empresários Gilberto Henrique Lopes de Oliveira e Marleide Quinto de Sousa, ambos participantes das licitações. Já o secretário de Agricultura se apresentou espontaneamente. Um ´vazamento´ de informações teria levado ao fracasso das buscas.

Vasques, que representa juridicamente dez dos 15 implicados, explicou que, estranha a versão de vazamento, pois a operação do MPE foi acompanhada até por jornalistas de TV do Sudeste. Ele já impetrou habeas corpus para seus clientes e disse que estes já havia se colocado à disposição dos promotores para esclarecimentos há um mês e meio, mas não foram chamados

Com informação do Diário do Nordeste.

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