MPCE recomenda a 38 municípios vacinar somente profissionais da linha de frente

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Órgão cearense estaria, ainda, solicitando dados sobre os vacinados
(Foto: Agência Brasil)

Região Central: Atento às questões sobre a vacinação contra a Covid-19 e as inúmeras polêmicas que se reproduzem quase diariamente, o Ministério Público do Ceará (MPCE) pediu a 38 prefeituras do Ceará que os gestores das secretarias de saúde utilizem critérios objetivos para realizar a vacinação e dêem preferência àqueles profissionais “com base no maior grau de exposição e risco à vida”. Em outras palavras: o MPCE está orientando que em relação aos profissionais da saúde, sejam vacinados apenas aqueles que estão atuando na linha de frente.

O levantamento considera as recomendações expedidas até a tarde desta segunda-feira (22) pelo órgão. Das 38 cidades, seis são do Sertão Central: Banabuiú, Boa Viagem, Choró, Madalena, Quixadá e Quixeramobim. Nas recomendações, o MPCE requer, ainda, que os municípios apresentem um plano de vacinação contra a Covid-19, com a lista completa dos profissionais de saúde na categoria de grupo prioritário.

Nos documentos, o MPCE recomendou que os municípios deixem imediatamente de imunizar, como grupo prioritário, os profissionais de saúde que não atuam efetivamente na linha de frente de combate à pandemia. Devendo ser vacinados, portanto, apenas aqueles que estejam na linha de frente ou que, não estando, tenham maior grau de exposição à Covid-19, tais como profissionais, inclusive de outras áreas, que trabalham na assistência à saúde dos pacientes em hospitais e unidades de saúde.

“Não devem ser incluídos profissionais que trabalhem, por exemplo, em academia de ginástica, crossfit, dança, salão de beleza, clínicas estéticas, estúdios de tatuagem, estabelecimentos de saúde animal, setores estritamente administrativos das secretarias, profissionais atuantes em áreas de recursos humanos, mesmo que detenham formação específica da área de saúde”, pontuou o MPCE.

O MPCE solicitou, também, que não sejam incluídos no plano atual os profissionais inativos, aposentados, afastados e os habilitados em áreas de saúde, mas que desempenham atividades exclusivamente acadêmicas, como professores ou pesquisadores. Por fim, caberá aos municípios prestarem informações sobre os critérios e estrutura para as próximas etapas da vacinação, sempre que as fases avançarem.