A política em Canindé segue em panos quentes não só para o executivo, mas agora, também, para o legislativo. O Ministério Público do Ceará pediu que a eleição que escolheu a vereadora Karlinda Coelho para presidir a casa, seja anulada.
A decisão do MPCE é assinada pelo Promotor Othoniel Alves de Oliveira, que responde pela 1ª Promotoria de Justiça de Canindé. O fundamento da recomendação é que Karlinda iria para o terceiro mandato como presidente da Câmara, o que seria vetado pelas leis vigentes.
Uma orientação do Supremo Tribunal Federal (STF) orienta que a reeleição de membros das mesas diretoras de Câmaras Municipais, para os mesmos cargos, seja limitada a dois mandatos. Cada mandato tem validade de dois anos.
Como já estaria no comando da Casa Legislativa desde 2022, a eleição que definiu o nome de Karlinda para o mandato no biênio 2025/2026, seria insconstitucional.
A tensão no clima político em Canindé tem predominado desde o resultado das eleições para prefeito, ainda no ano passado, que definiu Professor Jardel como vitorioso. Jardel era vice de Rozário Ximenes, que estava em seu segundo mandato, e rompeu com a prefeita, lançando seu nome como oposição e derrotando o candidato a sucessor de Rozário.
Desde então, Rozário denunciou ter recebido ameaças de morte, e deu início às denúncias que culminaram na investigação contra o prefeito eleito Bebeto de Choró, que está foragido depois de se tornar alvo de uma investigação da Polícia Federal.