TRE do Paraná vota contra cassação do mandato de senador de Sérgio Moro

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O senador Sérgio Moro teve denúncia julgada ao longo de uma semana (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Odiado pela Esquerda e admirado pela Direita, o ex-juiz da Operação Lava Jato, Sérgio Moro, mexeu com as torcidas dos dois lados nos últimos dias, por conta de uma decisão que poderia colocar sua popularidade na berlinda: ele estava sendo julgado pelo TRE do Paraná por suspeita de  “desvantagem ilícita” na sua pré-campanha de 2021 e o resultado saiu na noite desta terça-feira (9). Para deleite da Direita, o TRE-PR não cassou o mandato de Moro.

Na sessão, o TRE atingiu placar de 5 votos a 2 para rejeitar ações do Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Liberal (PL) para tirar Moro do cargo. O julgamento teve início ainda na semana passada e foi suspenso três vezes por pedidos de vista. O último voto foi proferido pelo presidente do TRE, Sigurd Roberto Bengtsson, na quarta sessão para julgar o caso.

Os desembargadores Luciano Carrasco Falavinha Souza, Claudia Cristina Cristofani, Guilherme Frederico Hernandes Denz, Anderson Ricardo Fogaça e Bengtsson votaram contra a cassação. Já os desembargadores José Rodrigo Sade e Julio Jacob Junior se manifestaram a favor. Os advogados do PT e do PL afirmaram que vão recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No final de 2021, Moro realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. De acordo com a denúncia, houve “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador, diante dos “altos investimentos financeiros” realizados. Para o Ministério Público foram gastos aproximadamente R$ 2 milhões com o evento de filiação e com a contratação de produção de vídeos para promoção pessoal. O PT chega a falar em gastor na casa de R$ 21 milhões.

Se Moro for cassado pelo TSE, novas eleições serão convocadas no Paraná para preencher a vaga do senador. Ele também poderá ficar inelegível por oito anos.