O Ceará ultrapassou a marca de açudes sangrando que foi observada em 2023. Nesta terça-feira (23) dois novos reservatórios atingiram sua capacidade máxima, com isso o número de açudes em situação de sangria chegou a 72 no total.
As informações são confirmadas pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Os dois últimos açudes a sangrarem fora o São Domingos II, em Caririaçu, e o Martinópole. Este último não registrava evento de sangria há 15 anos.
No começo do ano, a Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme) destacou que havia mais probabilidade das chuvas no Ceará, ficarem abaixo da média histórica. A previsão desanimou os cearenses mas o que passou a ser observado, foi bem diferente do que previa o órgão de meteorologia.
Açudes voltaram a sangrar, como o Quixeramobim, e o Umari, em Madalena, que registrou sua cota máxima pela primeira vez desde que foi construído. O cenário é tão positivo, que mesmo num ano onde as chuvas estavam previstas ficar abaixo da média, o número de reservatórios com cota máxima já é maior do que no ano passado.
O volume total acumulado no estado é de 54,8% da capacidade total. Outros 12 açudes estão com mais de 90% da capacidade total. Entretanto, 22 reservatórios seguem com menos de 30% de volume total.
O volume total é reflexo dos bons aportes nas bacias hidrográficas do Estado. As regiões do Acaraú, Coreaú, Litoral, Metropolitana, Serra da Ibiapaba, Salgado e Baixo Jaguaribe estão em situação “muito confortável”, com volumes acima de 70%, com destaque para o Baixo Jaguaribe e Litoral que registram 100% de seu armazenamento.