Do sertão ao Planalto: Professor de Quixadá mantém horta para merenda escolar em Brasília há 20 anos

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Professor Georlano: alimenta sonhos em Brasília com projeto de horta para escolas há 20 anos (Foto: Carlos Vieira/Correio Brasiliense)

Quixadá: um professor de geografia natural de Quixadá, está se destacando em Brasília, por manter há quase 20 anos um projeto de horta comunitária, que serve alimentos para complementar a merenda escolar de unidades de ensino da capital federal. A iniciativa é custeada com recursos do próprio professor.

Georlando Alves Menezes, 55 anos, leciona no Centro de Ensino Especial 2, na Área Sul de Brasília. Sa família sempre teve contato com a roça e ele não esqueceu suas origens mesmo enquanto trabalha em sala de aula. Nos fundos da escola, Georlando criou uma horta num espaço de 50 mil metros quadrados, onde planta hostaliças, frutas e plantas medicinais.

Da horta nasceu o Projeto Germinar, que Georlano mantém desde 2005. Os alimentos são usados para melhorar a qualidade da merenda escolar do Centro de Ensino Especial onde trabalha, além de servir a outras unidades, sejam elas públicas ou privadas. Para pegar alguma fruta ou verdura não precisa pagar nada, é só fazer um agendamento.

A iniciativa do professor de origem quixadaense foi mostrada pelo jornal Correio Brasiliense. “O foco é a complementação da merenda escolar e tratar da relação ensino e aprendizagem, onde os alunos terão conhecimento de educação ambiental, sustentabilidade e importância da conservação do meio ambiente”, disse Georlando em entrevista ao jornal.

Com a ajuda de um outro colega também professor, Georlano mantém a horta onde planta coentro, cebolinha, alface, manjericão, espinafre, agrião, tomate, pimentas de cheiro, malagueta e dedo de moça, assim como ervas, como mastruz, hortelã, tomilho e rúcula.

A nobre iniciativa do professor natural de Quixadá merece ser reocnhecida por gente do município, para que saibam que lá fora, existe cidadãos munidos só de boa vontade e que vivem em prol de fazer o bem coletivo, como é o caso de Georlano. “Um projeto que atende o interesse público, mas ainda carece de recursos públicos para alavancar a iniciativa e levá-la como modelo para outras unidades escolares”, disse ele em entrevista ao Correio Brasiliense.