Apesar das boas chuvas, Ceará tem oito açudes em volume morto e quatro secos

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Dois dos açudes secos estão em Canindé, segundo a Cogerh (Foto: reprodução/TV Verdes Mares)

As chuvas das últimas semanas tem mantido a esperança da segurança hídrica, com o volume de água registrado nos açudes. Mas em alguns pontos a situação ainda é a mesma da observada um ano antes. De acordo com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o Ceará tem até o momento oito açudes em volume morto e outros quatro completamente secos.

Os dados referem-se ao cenário registrado até ontem, sexta-feira (15). Para a Cogerh um açude atinge o volume morto quando não se registra a tomada de água, e quando o volume nele contabilizado fica abaixo de 5% de sua capacidade de armazenamento.

Estão em volume morto os açudes Barra Velha, em Independência; Bonito, em Ipu; Broco, em Tauá; Colina, em Quiterianópolis; Favelas e Trici, ambos em Tauá; Pompeu Sobrinho, em Choró; e o Quiterianópolis, no município de mesmo nome. Já os açudes Madeiro, em Pereiro; Madeiro e Salão, em Canindé; e o Várzea do Boi, em Tauá, estão completamente secos.

Esses dados, embora tragam alguma preocupação, ainda são melhores do que o observado no mesmo período de um ano atrás. Em 2023, no dia 15 de março, a quantidade de açudes em volume morto chegava a 16, e os que estavam secos eram cinco, um a mais do que agora.

A pontualidade das chuvas e a sazonalidade dos fenômenos climáticos é um dos motivos pos trás deste número. Embora seja visto, no geral, como um ano com boas chuvas, nem sempre o bom volume de água que cai em uma cidade, vai cair em outra. Com isso, é natural que açudes encham mais rápido do que alguns outros. Outro ponto a considerar é o fato de que alguns dos reservatórios nesta condição, não estão assim de agora, é algo que já ocorre há algum tempo.