Chuvas no Ceará em fevereiro ficam acima da média histórica

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As precipitações acima da média beneficiaram todas as macrorregiões do Ceará. Todas ficaram com um desvio positivo em fevereiro. Foto: divulgação

O volume de chuva no Ceará em fevereiro foi acima do esperado para o período, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). A média histórica para o mês é de 118,6 milímetros. Segundo a Funceme, o observado neste ano foi de 182,8 milímetros, um desvio positivo de 54%.

No início do mês, Fortaleza registrou pelo menos 215 milímetros de chuva entre as 7h da manhã do sábado (10) até as 7h da manhã do domingo (11). Segundo a fundação, foi a segunda maior chuva de Fortaleza nos últimos 50 anos.

Os registros da Funceme começaram em 1974. A chuva registrada neste sábado ficou atrás apenas da precipitação contabilizada em 2004 — quando foram anotados 250mm.

Precipitações nas macrorregiões
Ainda conforme a Funceme, as chuvas acima da média, beneficiaram todas as macrorregiões do Ceará. Todas ficaram com um desvio positivo em fevereiro.

A macrorregião que mais recebeu precipitações foi o Litoral de Fortaleza, com 299,5 milímetros. O esperado para a macrorregião é 145 milímetros. Um desvio negativo de 105%.

Na região, Fortaleza foi destaque com acumulado de 410 milímetros quando o esperado é 178 milímetros para o mês. Um saldo 129% acima do esperado.

A macrorregião de Jaguaribara, onde se encontra o Açude Castanhão, maior reservatório do Ceará, recebeu 177,8 milímetros quando o esperado para o mês é de 107. Desvio positivo de 65,5%.

Outras macrorregiões que mais foram beneficiadas com as chuvas foram o Litoral do Pecém e Ibiapaba. O Litoral do Pecém recebeu 197,4 milímetros e Ibiapaba 215,6. Um desvio positivo de 56% e 51,9% respectivamente.

Situação dos reservatórios
O açude Castanhão, maior reservatório do Ceará, sofre as consequências da estiagem prolongada. Localizado no município de Jaguaribara, a 260 quilômetros de Fortaleza, o reservatório se encontra com apenas 23% de sua capacidade, conforme a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).

Ainda segundo a Cogerh, o Orós está com 51% e o Banabuiú com 36%. Além disso, 46 açudes estão com volume inferior a 30%. Dois açudes com volume acima de 90% e apenas um açude sangrando.

Com informações do G1