Região Central: O Véu de Noiva, principal ponto turístico de Banabuiú, situado na jusante do açude Arrojado Lisboa, encontra-se inativo. A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) fechou as válvulas que controlavam o fluxo de água, encerrando um período de quase três meses em que o local se tornou um atrativo turístico aos fins de semana.
O fechamento das válvulas do Véu de Noiva levanta questionamentos sobre os motivos. Em contato com a Cogerh, o Revista Central descobriu que, na realidade, as válvulas já tinham uma data programada para serem fechadas desde a sua abertura em 19 de outubro de 2023.
Inicialmente planejado para 31 de janeiro deste ano, o fechamento foi antecipado pelo órgão devido à necessidade de instalação das comportas tipo “stop-log” na torre do açude. Essas comportas não substituirão as que já existem na estrutura do açude, mas fazem parte do processo de recuperação e modernização dos equipamentos do açude, conduzido pelo Dnocs. Elas serão instaladas para permitir a substituição das antigas válvulas danificadas.
A abertura do Véu de Noiva, que impulsionou o turismo em Banabuiú, teve como objetivo principal a liberação de água para uso humano e manutenção animal nas comunidades ao longo de aproximadamente 84 km rio abaixo, no Vale do Jaguaribe. A decisão foi tomada durante o 30º Seminário de Alocação Negociada de Água, realizado em Quixadá, em 6 de julho do ano passado.
Quanto à retomada das atividades do Véu de Noiva, a Cogerh esclareceu que a decisão está sujeita à deliberação dos 5 Comitês de Bacias do Jaguaribe, agendada para fevereiro. Se aprovada, a liberação de água no primeiro semestre de 2024 só ocorrerá após a conclusão das obras de recuperação, previstas para 40 dias.