Delegado que bateu em mulher durante discussão é preso preventivamente a pedido do Ministério Público

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Delegado da cidade de Aurora agride mulher após se envolver em acidente de trânsito na madrugada deste sábado — Foto: Reprodução

Menos de 24 horas depois do governador do Ceará, Elmano de Freitas, determinar o afastamento do cargo de delegado, o oficial da Polícia Civil Paulo Hernesto Pereira Tavares, de 36 anos, foi preso na tarde deste domingo de forma preventiva. Ele foi filmado dando um tapa no rosto de uma mulher durante uma discussão após um acidente de trânsito.

O Ministério Público do Estado do Ceará representou e a Justiça decretou a prisão preventiva. O procedimento de flagrante envolvendo o delegado, que foi autuado apenas por embriaguez ao volante, foi remetido ao órgão ministerial, que, diante da gravidade dos fatos narrados, não concordou com a fiança arbitrada pelo delegado plantonista, e entrou com pedido de prisão preventiva do agressor.

Conforme amplamente divulgado através das redes sociais, na manhã de sábado, o agente público, visivelmente alterado e após envolver-se em um acidente de trânsito, agrediu uma mulher com um tapa no rosto. Além do crime de embriaguez ao volante, o MP fundamentou seu pedido na prática de lesão à mulher que aparece no vídeo, e ainda em uma lesão corporal a um adolescente de 16 anos e a um outro homem já identificado e ouvido, além de ameaças e impropérios proferidos contra as vítimas, aos policiais militares que atenderam a ocorrência e seus familiares, bem como a um advogado no exercício da função.

A prisão foi confirmada pela própria Polícia Civil, em nota, divulgada na noite deste domingo. “O servidor foi preso por equipes do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Sul (DPJI-Sul) e da Delegacia Regional do Crato, no município do Crato, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedido pela Comarca de Plantão Judiciário – Interior do Estado do 1° Núcleo Regional”, diz a nota.

A Polícia Civil disse ainda que tem colaborado com a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), instaurou um processo disciplinar em desfavor do delegado. Alguns procedimentos já existentes envolvendo o delegado estão na última fase processual e seguem o ordenamento jurídico pátrio. O delegado encontra-se agor à disposição da Justiça.