Quem é a japonesa que bomba no TikTok cantando ta cá cá, da Joelma? Revista Central descobriu

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Xiao Long em live que realiza no Japão; videos bombam no Brasil (Fotos: reprodução TikTok)

Desde o mês de setembro viralizou pelas redes sociais, principalmente no Tiktok, vídeos de uma garotinha japonesa de vestido vermelho, em diversos momentos de raiva em que ela chuta mulheres. Em uma das montagens mais vistas, ela dubla a música “Eu vou tomar um ta cá cá”, de Joelma. A aparência dela tem intrigado internautas.

O público dos vídeos é dividido: muitos dão risadas da garotinha pelu seu jeito desengonçado, enquanto outros condenam a postura da cantora que aparece ao fundo, como se estivesse zombando dela.

O Revista Central investigou e descobriu a identidade da personagem: trata-se de Liang Xiao (ou Xiao sendo seu nome e Liang seu sobrenome, ainda não está claro ao certo). Ela tem uma rara síndrome que a faz parecer mais jovem, apesar de ter 36 anos. Infelizmente, essa síndrome também pode causar deficiência intelectual.

Nas imagens Xiao aparece ao lado de uma outra pessoa, com a mesma aparência que a sua. Trata-se de Wolong, que tem 28 anos. Diferente de Xiao, ela aparece bem mais calma e sempre com uma roupas extravagantes e fantasias, o que a fazem alvo de piadas.

Apesar de parecer engraçado, parte do público acusa vídeos de capacitismo

Zombaria e preconceito

Xiao ja tém inúmeras comunidades de fãs nas redes sociais, a maioria são nomeadas pelo apelido de Xiao Xiao. Os vídeos que se tornaram virais são gravações de lives que acontecem no TikTok, onde Xiao é o foco principal, com outras mulheres ao seu redor. As cantoras parecem zombar com Xiao e fazerem-a ter acessos de raiva. Em um dos vídeos, a cantora empurra Xiao que revida dando chutes nas pernas da artista.

Embora tenha ganhado audiência nas redes sociais pelo caráter humorístico dos vídeos, muitas pessoas criticam as imagens e acusam de capacitismo recreativo. O termo se refere a uma atitude ou comportamento discriminatório em que as pessoas, muitas vezes de forma inconsciente, zombam, fazem piadas ou menosprezam outras pessoas com deficiência em contextos de entretenimento, como mídias sociais.

É importante considerar o impacto prejudicial do capacitismo recreativo e promover uma maior consciência e empatia em relação às pessoas com deficiência. Isso inclui respeitar a linguagem preferida e evitar apropriação cultural ou piadas que fazem pouco caso das deficiências. O objetivo é criar um ambiente mais inclusivo e respeitoso para todos, independentemente de sua capacidade.