Orientar a população sobre os riscos do Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das medidas eficazes para combater a doença. Foi o que fizeram os profissionais do Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em comemoração ao Dia Mundial de Combate ao AVC, celebrado no dia 28. A equipe fez uma ação na manhã da última segunda-feira (30), no centro de Quixeramobim.
Médico, enfermeiros, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogos, nutricionistas, farmacêuticos, residentes multiprofissionais do HRSC e estudantes de enfermagem da Faculdade de Quixeramobim (Uniq), participaram da ação que aconteceu na praça da Prefeitura. O intuito foi alertar sobre os riscos e prevenção da doença.
Quem passou pelo local, pôde aferir a pressão arterial, verificar glicemia e receber orientações com a equipe da Unidade de AVC do HRSC, unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). A professora aposentada Francisca Antônia Oliveira, 60 anos, foi ver de perto o que estava acontecendo e saiu de lá cheia de dicas importantes. “Você veja como uma coisa dessa é valiosa: eu estava passando aqui por acaso e vi o pessoal. Como professor é sempre curioso, vim conferir o que era e estou aqui, fazendo exame e recebendo informações importantíssimas”, relata Antônia.
Com 81 anos, Francisco Ubirajara Rodrigues se orgulha da qualidade de vida que possui: órgãos funcionando bem, estilo de vida saudável e boa memória. Saiu de lá sabendo de cor os sinais que indicam quem está sofrendo um AVC. “Eu já sabia que era uma coisa perigosa, mas ainda não sabia os sintomas do AVC. Agora me deu uma noção melhor das coisas, né? É como eu digo: prevenção é melhor do que remédio”, brincou.
Reconhecimento pela qualidade no atendimento
Os problemas cardiovasculares ainda lideram como principais causas de morte por AVC em todo o mundo, e quando não mata, a doença incapacita: de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) há mais de cem milhões de pessoas vivendo com sequelas em todo o planeta, número que praticamente dobrou nas últimas três décadas.
No HRSC, o combate ao AVC é avaliado e reconhecido mundialmente por meio de 14 certificados internacionais. A unidade já atendeu mais de 3.500 pacientes nos últimos cinco anos. O estudo e a pesquisa da equipe resultam em técnicas que são incorporadas e conferem resultados otimistas: desde 2019 o índice de óbitos por AVC na região caiu 23% e o tempo para a equipe iniciar o atendimento assim que um paciente chega ao hospital já é melhor do que a média mundial.
O médico neurologista da Unidade de AVC, Alan Cidrão, enxerga a iniciativa sob vários pontos de vista positivos. “Quando falamos de AVC a mentalidade ainda é voltada para uma doença que não tem o que fazer, o que não é verdade. Estamos explicando para as pessoas sobre a doença e tendo o maior dos benefícios que é a disseminação da informação, pedindo que essas pessoas levem essas orientações e repassem”, pontua o profissional.