O aumento das temperaturas do planeta e o derretimento de camadas congeladas na Sibéria, poderá trazer novamento à vida, vírus ‘zumbis’ que estão congelados há mais de 50 mil anos.
As pesquisas que relacionam o aquecimento global e o risco dos vírus zumbis, é realizada pelo infetologista frances Jean-Michel Claverie, de 73 anos. O caso foi divulgado na última semana por diversos veiculos de notícia, como a CNN e o jornal Folha de São Paulo.
Segundo Claverie, devido ao derretimento da “permafrost”, (terreno de gelo localizado na Sibéria que permaneceu congelado durante, pelo menos, dois anos), vírus e bactérias perigosas podem reaparecer.
Em 2022, Claverie e sua equipe conduziram estudos e descobriram que surpreendentemente, esses vírus antigos, apesar de sua idade, permaneceram capazes de infectar.
Um exemplo dessa ameaça se manifestou em 2016, na Sibéria, quando uma onda de calor ativou micropigmentos de um tipo de bactéria, causando dezenas de infecções e a morte de uma criança, além de afetar milhares de renas.
Ao longo dos anos, as agências de saúde globais e governos têm monitorado possíveis doenças infecciosas desconhecidas que os humanos não teriam imunidade, nem tratamento apropriado. Se um vírus antigo ressurgir, pode representar uma ameaça significativa para a humanidade.
Os especialistas garantiram que, atualmente, não há razões para alarme. De acordo com eles, a probabilidade de exposição humana a vírus antigos é bastante reduzida. O Ártico, onde o permafrost está situado, é uma região escassamente habitada, e ainda não se sabe se os vírus congelados permaneceriam infecciosos nas condições atuais ou se conseguiriam encontrar um hospedeiro adequado.
No entanto, é importante lembrar que até 2019 a Covid-19 era um vírus desconhecido e novo, para que nenhum cientista ou ser humano estivesse preparado para a sua devastação e letalidade.
Com informação do jornal O Tempo