Quixadá: Alunos do Campus da Universidade Federal do Ceará (UFC) de Quixadá, voltaram a denunciar a má qualidade da comida servida no Restaurante Universitário (RU). Insetos e até larvas foram encontrados em refeições.
No site da UFC o RU é descrito como um ambiente que oferta “refeições balanceadas e de qualidade”, mas na prática, a realidade seria bem diferente. Os estudantes alegam já ter encontrado pedaços de plástico, pedras, ovos de moscas, insetos e até larvas vivas, e protestam contra a situação do Restaurante.
Desde a última quinta-feira (18) imagens feita pelos alunos foram postadas em redes sociais e evidenciam a denúncia. “Olhem pra UFC de Quixadá por favor! nós merecemos comida de qualidade! muitos alunos não tem dinheiro pra comer fora e precisam do restaurante universitário pra sobreviver, mas desse jeito está insalubre!”, escreveu uma aluna.
O Revista Central procurou alunos da UFC de Quixadá, que confirmaram o teor das postagens. Segundo eles, novos flagrantes de larvas foram feitos na refeição de sexta-feira (20). “Infelizmente a empresa que passou na licitação não presta pra nada”, afirmou um aluno.
De acordo com a UFC, as refeições são servidas ao preço de R$ 1,10 por prato. O almoço é disponibilizado das 11h às 14h e o jantar das 17h às 18h45, mas conforme os alunos, além da insalubridade existe recorrentes atrasos para o início do funcionamento do RU.
O que dizem os citados?
O Revista Central procurou, por email, a administração do Campus da UFC de Quixadá, a reitoria da UFC em Fortaleza e o Ministério da Educação, para saber se os órgãos e a entidade estavam cientes da situação, e que tipo de medidas estavam sendo adotadas.
A reitoria da UFC em Fortaleza respondeu ao site, por nota, que está tomando “ações concretas” para resolver os problemas e “assegurar a melhoria dos serviços”. A nota afirma também que “a empresa responsável pelo fornecimento das refeições foi notificada e sofreu desconto de valores das notas fiscais de pagamentos em decorrência das falhas no serviço”, e além disso “foi instaurado um processo de sanção administrativa contra a empresa, visando apurar as irregularidades e aplicar outras medidas sancionatórias previstas em contrato”.
A nutricionista da UFC de Quixadá, Ana Cláudia Conceição Duran, foi procurada por email mas até o fechamento desta matéria, não tinha respondido às perguntas.
O Ministério da Educação se limitou a dizer que a Instituição tem autonomia para responder pelas questões internas.
O Revista Central vai continuar acompanhando o caso.