Governo Elmano gasta mais do arrecada em dois meses, durante abril a maio

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Governador do Ceará, Elmano de Freitas. (Foto: Carlos Jibaja)

Num intervalo de apenas dois meses, o governo do Ceará liderado pelo petista Elmano de Freitas, gastou o dobro do que arrecadou com despesas oficialmente declaradas. As informações são do Blog do Edison Silva, com base em dados do relatório da execução orçamentária do período.

No bimestre a arrecadação do erário estadual, compreendendo “impostos, taxas e contribuições de melhoria” somou um total de R$ 2.238.526.782,95. Mas no mesmo período as despesas gerais do governo de Elmano somaram R$ 4.578.142.398,50.

Os números indicam que o Estado gastou mais do que o dobro que ele recebeu de impostos e taxas no decorrer do bimestre.

De acordo com o jornalista os dados são oficiais e constam no “Relatório resumido da execução orçamentária/balanço orçamentário/ orçamento fiscal e da seguridade social/ janeiro a abril 2023/bimestre março-abril”, publicado na edição do dia 30 de maio do Diário Oficial do Ceará, cumprindo uma obrigação legal que é imposta pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Quando apurados em detalhes, os dados do relatório indicam despesas questionáveis e que dividem a opinião de apoiadores e opositores. Segundo o blog “só com o aluguel de um avião jato para as viagens pessoais do governador Elmano de Freitas, a Casa Civil do Governo do Estado gastou, nos primeiros meses deste Governo, R$ 5.621.895,98”.

Entre março e abril o relatório indica que Elmano de Freitas teve um avião à sua disposição para viagens e compromissos de agenda. A aeronave pertencente a uma empresa cearense, a Terral Taxi Aéreo Ltda – EPP. Para ela foram pagos pouco mais de um milhão de reais dos cofres públicos.

Edson Silva indagou que de posse dos números “os deputados estaduais, notadamente os integrantes da comissão de Orçamento, poderão questionar o secretário da Fazenda as despesas do Estado, conforme estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal. Até o momento, o que os deputados governistas têm dito no plenário da Assembleia é que as finanças estaduais continuam equilibradas, diferentemente dos que dizem os números oficiais”.