A Covid-19 não representa mais uma emergência de saúde global, disse a Organização Mundial da Saúde nesta sexta-feira, um grande passo para o fim da pandemia que já matou mais de 6,9 milhões de pessoas, abalou a economia global e comunidades devastadas. As informações são da agência Reuters.
O Comitê de Emergência da OMS se reuniu na quinta-feira (4) e recomendou que a agência da ONU declarasse o fim da emergência de saúde pública de interesse internacional, que está em vigor há mais de três anos.
Acabar com a emergência pode significar que a colaboração internacional ou os esforços de financiamento também serão encerrados ou mudarão de foco, embora muitos já tenham se adaptado à medida que a pandemia recuou em diferentes regiões.
“Portanto, é com grande esperança que declaro o fim do COVID-19 como uma emergência de saúde global”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, acrescentando que o fim da emergência não significa que o COVID acabou como uma ameaça à saúde global. “COVID mudou o mundo e mudou a nós. E é assim que deve ser. Se voltarmos a como as coisas eram antes do COVID-19, não teremos aprendido nossas lições e falhado com nossas gerações futuras.” disse Ghebreyesus.
A taxa de mortalidade diminuiu de um pico de mais de 100.000 pessoas por semana em janeiro de 2021 para pouco mais de 3.500 na semana até 24 de abril de 2023, segundo dados da OMS, disse a Reuters.
O comitê de emergência da OMS declarou pela primeira vez que o COVID representou seu nível mais alto de alerta há mais de três anos, em 30 de janeiro de 2020. O status ajuda a concentrar a atenção internacional em uma ameaça à saúde, além de reforçar a colaboração em vacinas e tratamentos.