Região Central: Seja pelo excesso ou pela falta dela, a água da chuva de 2023 que veio para alguns e que ficou de vir para outros, mexeu com a realidade de famílias da região. Tanto é verdade que somente este ano nove municípios do Sertão Central decretaram estado de emergência.
Os dados foram computados pelo Revista Central do Sistema Integrado de Informações sobre desastres, do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MDR). As situações de emergência foram reconhecidas pela estiagem e pelo excesso de chuvas.
Senador Pompeu, Mombaça, Quixeramobim, Boa Viagem, madalena, Itatira, Solonópole, Choró e Quixadá tiveram portaria da situação de emergência publicada em edições do Diário Oficial da União (DOU). Canindé e Caridade também decretaram emergência, mas a medida foi tomada ainda no ano passado, sem considerar os efeitos das chuvas recentes.
Cidades com dois decretos
Alguns municípios possuem dois decretos, como já mostrou o Revista Central em Quixeramobim. Menos de um mês depois de decretar estado de emergência por causa da seca, o município solicitou um novo decreto por conta de chuvas intensas. No período entre a publicação de um decreto e outro, as chuvas vieram com mais força e mudaram a realidade na cidade e em comunidades rurais.
A situação é parecida em Deputado Irapuan Pinheiro, em que também existem dois decretos, um primeiro por conta da estiagem, e semanas depois um outro, em função das fortes chuvas que se concentraram no município.
Milhã onde as chuvas castigaram dezenas de famílias deixando desalojados e desabrigados, passou por um dos momentos mais delicados nesta quadra invernosa, e por conta disso teve a situação de calamidade pública reconhedia a nivel federal no último dia seis de abril. A medida segue válida até dia 24 de setembro.
Informação via sistema
Ao todo o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres do MDR já reconheceu 48 decretos em 45 municípios do Ceará. As causas variam entre quatro motivos: enxurrada, chuvas intensas, estiagem e seca.
Cidades em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecido pela Defesa Civil Nacional estão aptas a solicitar recursos para atendimento à população afetada. As ações envolvem socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura destruída ou danificada.
