O candidato padre que disputou a eleição para a Presidência pelo PTB, Padre Kelmon, foi suspenso do cargo pela Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru no Brasil. A informação foi confirmada em nota pela Igreja nas redes sociais.
“Decidimos cancelar a Provisão 0025/21 conferida ao Pe. Kelmon Luis da Silva. (…) Dessa forma, os mesmos ficam proibidos de ministrar os sacramentos e de falar em nome da Igreja Ortodoxa do Peru-Tradição canônica Síro Ortodoxa Malankara Indiana”, disse a nota da igreja.
Kelmom tem 46 anos, é natural da Bahia e se apresentou nos debates como padre. A Igreja Ortodoxa no Brasil dias depois dele se intitular sacerdote nas propagandas religiosas, desmentiu Kelmom e disse que não reconhecia sua ordenação.
Na noite do dia 29 de setembro ele participou do debate na TV Globo e sua participação foi alvo de críticas nas redes sociais, pelo aparente coleguismo com Jair Bolsonaro. O partido de Kelmon pertencia a Roberto Jefferson, que era amigo do presidente.
Hoje, logo depois que a informação de sua destituição do cargo foi publicada, Kelmon publicou em suas redes sociais um outro documento, diferente do que tinha sido mostrado nas redes sociais da igreja, onde falou que ele mesmo tinha pedido a excardinação do cargo. Excardinar, na línguagem do Código do Direito Canônico, é quando a igreja desliga ou demite uma autoridade religiosa do cargo que ele ocupa a seu pedido ou por decisão própria.