A taxa de positivados para a Covid-19 (percentual do total de testes realizados com resultado para a doença) voltou a crescer em testes realizados nas farmácias do Brasil e alcançou o patamar mais alto desde setembro deste ano. Os dados são do levantamento realizado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
O índice, que vinha em queda e chegou à marca de 7,56% no total de setembro, disparou para 20,75% na última semana de outubro. Na comparação com a última semana de setembro, quando estava em 6,32%, houve um aumento de 228%. A taxa do fim de outubro é a mais alta desde a primeira semana de agosto, quando era de 21,05%.
No ceará esse cenário tambem se repetiu. A positividade nos testes feitos nas farmácias quintuplicou, chegando a 97 casos confirmados somente na primeira semana deste mês, conforme a Abrafarma. A positividade para Covid-19 cresceu mais expressivamente ao sair de 4,35% para 21%.
Depois que novas variantes da ômicrom passaram a ser identificadas em outros estados como São Paulo, a procura por testes subiu consideravelmente. Nos estabelecimentos cearenses foram comprados 462 testes para identificação do coronavírus nos seis primeiros dias de novembro, o que fez com que o estoque se esgotasse rapidamente na maioria das farmácias.
Cerca de quatro de cada dez testes de covid-19 feitos na última semana deram positivo, conforme a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed). No período a procura em massa pelos testes, tanto do tipo PCR quanto de antígeno, disparou e mais de 54 mil unidades foram vendidas nas farmácias do País entre 5 e 11 de novembro. Do total de testes vendidos, pouco mais de 40% deram diagnóstico positivo.
Em nível nacional, o aumento moderado de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) na tendência de longo prazo está presente em 12 de 27 estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Referente à Semana Epidemiológica (SE) 45, período de 6 a 12 de novembro, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 14 de novembro.