Setembro inaugura a melhor época do ano em termos de vendas para o comércio varejo brasileiro. Conhecido como B-R-O-Bró, o período que segue até dezembro traz importantes datas para o setor, como Dia da Criança, Black Friday, Natal e Ano-Novo. No Ceará, os lojistas estão animados e esperam crescimento médio de 10% no último quadrimestre do ano, tanto no faturamento quanto na movimentação de clientes em lojas de rua e shoppings.
Na capital cearense, por exemplo, a fim de começar a turbinar as vendas no B-R-O-Bró, o comércio já deu início à 13ª edição da Campanha Fortaleza Liquida, que segue até o dia 6 de setembro.
Os consumidores que comprarem em uma das mais de 6 mil lojas do Centro, de outros polos comerciais e dos principais shoppings da cidade e Região Metropolitana a carro, TVs e um caminhão de outros prêmios. Promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, a campanha oferece descontos de até 70%.
Copa do Mundo
Neste ano, a Copa do Mundo de Futebol, que será realizada de 20 de novembro a 18 de dezembro no Catar, também promete impulsionar as vendas do varejo. Além disso, fatores como a queda da inflação e do desemprego no Brasil, assim como a maior confiança do consumidor e dos empresários, contribui para aumentar a expectativa do setor nesta época do ano.
O comércio varejista, inclusive, projeta o melhor momento para os lojistas desde o início da pandemia de covid-19, em março de 2020. É o que destaca o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FDCL-CE), Freitas Cordeiro.
Segundo ele, o setor projeta que as vendas e fluxo de clientes nas lojas cresçam em média 10%, de setembro a dezembro deste ano, em relação a igual período de 2021.
“Nossa expectativa é muito positiva, acreditamos que o desempenho do comércio varejista vai ser bem melhor nos últimos meses de 2022, principalmente, no Ceará. Historicamente, o período do B-R-o-Bró é sempre melhor que o primeiro semestre. Neste ano, em especial, por conta do represamento de consumo que tivemos no período mais crítico da pandemia, o público está mais ansioso para comprar, e isso é muito bom para o varejo”, afirma, lembrando ainda do impacto esperado nas vendas com o aumento do Auxílio Brasil, que passou de R$ 400 para R$ 600, e o pagamento do 13º salário.
Eventos
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas), Cid Alves, também está otimista. “No segundo semestre, a movimentação é bem maior no comércio nacional, principalmente, com a inclusão da Semana Brasil, que antecede a Black Friday, período em que o faturamento é muito alto, próximo ou até maior que o Natal, por conta das promoções. Estamos com boas perspectivas também para as vendas relacionadas à Copa do Mundo, com destaque para itens como TVs, freezers, geladeiras”, diz.
O economista e membro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Davi Azim, reforça que a inflação está perdendo força no Brasil, com a queda no preço dos combustíveis, apesar dos juros elevados.
“O câmbio, por exemplo, também está cedendo. O pagamento do 13º salário ajuda muito a impulsionar o setor no fim do ano, trazendo natural crescimento para o comércio”, analisa.
Com informações do site O Otimista